Na Argentina entrou em vigor o Decreto 1406/98, desde o dia 7 de Dezembro de 1998, instituindo o “Dia do Nascituro” como forma de proteger o direito a vida de bebês no útero materno. Apesar disso, vários grupos liberais, especialmente identificados com partidos de esquerda, lutam para ignorar o Decreto e aprovar uma nova lei para legalizar o aborto no país.
Reagindo contra essa onda de liberalismo, a Aliança Cristã das Igrejas Evangélicas da República Argentina (ACIERA), juntamente com outras entidades civis e populares que militam em favor da vida, convocaram a população para uma “Marcha Pró-Vida” em defesa do Dia do Nascituro.
“ACIERA incentiva igrejas evangélicas em todo o país no próximo 25 de março, para participar das celebrações, eventos, manifestações e passeatas em favor dos bebês para expressar publicamente Vida Sim, Aborto Não”, disse o comunicado da Aliança à imprensa, destacando também a importância de haver iniciativas de promoção à saúde e conscientização das pessoas sobre o significado único da gestação:
“Temos que trabalhar incansavelmente para fornecer soluções para o problema da gravidez na adolescência, gravidez indesejada e regulamentos sobre o regime adoção”, disse o comunicado.
Alejandro Geyer, coordenador nacional da manifestação, também falou sobre o ato: “Essa é a reação das pessoas que defendem a vida na Argentina”, disse ele à agência EFE. “Nós nos encarregamos de juntar todas as organizações que trabalham pela vida e calculamos por baixo que aqui há mais de 100 mil pessoas, mas há 250 marchas na Argentina”.
“Queremos um país em onde não haja lei do aborto, que é um homicídio, matar uma criança indefesa que tem direito de viver”, acrescentou.
A manifestação ocorreu em cidades como Buenos Aires, Mar del Plata, Santa Fe, Paraná, Corrientes, Resistencia, San Luis, Rio Gallegos, Bahia Blanca, Posadas, San Juan, Tandil, Puerto Madryn, Ushuaia, Neuquén e outras, sendo essa um marco na história do país, uma vez que vai de encontro a onda de liberalismo em todo o mundo na atual geração.
Na prática, assim como no Brasil, a maioria dos argentinos deixaram claro o que pensam sobre a importância da vida humana desde a concepção. Resta saber se lá, como também aqui, os políticos irão respeitar a vontade popular e manter assegurado o direito a vida dos bebês.