Uma das declarações consideradas mais polêmicas da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, foi a de que “é o momento de a igreja ocupar a nação”.
A declaração de Damares Alves foi dita em fevereiro desse ano, na ocasião de uma entrevista. No contexto, a ministra cobrou das denominações religiosas maior participação no acolhimento dos refugiados venezuelanos, vítimas da ditadura socialista de Nicolás Maduro.
“A igreja pode colaborar com a transformação da nação”, disse Damares. “Se cada igreja trouxesse um venezuelano e cuidasse, nós resolveríamos o problema da fronteira.”
Igrejas na pandemia
Cerca de um mês após a cobrança de Damares Alves sobre o maior protagonismo das igrejas cristãs no âmbito social, estoura no Brasil a pandemia do novo coronavírus.
Para a felicidade da nação e também alegria da ministra da Família e Direitos Humanos, uma das figuras centrais que tem se mostrado firme no combate à pandemia do novo coronavírus deste então é justamente a igreja cristã.
Por todo o país, cristãos, líderes religiosos na figura de pastores e padres principalmente têm se mobilizado para auxiliar a sociedade na luta contra o coronavírus.
Às palavras de Damares Alves ditas em fevereiro passado, portanto, parecem fazer sentido: a igreja, de fato, ocupa a nação através de um dos papeis mais fiéis ao Evangelho de Cristo, que é a demonstração prática de amor aos necessitados.
Igrejas se mobilizaram para arrecadar alimentos, juntando toneladas de itens básicos para o consumo humano. Em um dos exemplos foram 30 toneladas arrecadadas. Só a cantora Aline Barros reuniu 50 toneladas de alimentos para doação.
Máscaras de proteção também foram fabricadas, a exemplo de um conjunto de igrejas em Vitória da Conquista, na Bahia, que além da doação de alimentos, também fabricou o item de proteção individual contra o coronavírus.
Damares, segundo o DW, havia declarado: “A igreja pode colaborar com a transformação da nação.” Hoje, na pandemia, certamente qualquer pessoa poderá constatar que essa não é uma afirmação vazia, mas real, amparada no potencial que às instituições religiosas possuem perante à sociedade, independentemente do seu reconhecimento.