A Europa vem enfrentando um problema muito sério de migração de refugiados, que se arriscam pelo Mar Mediterrâneo, até desembarcarem no Velho Continente, onde esperam conseguir uma oportunidade de recomeçar suas vidas longe dos conflitos que dominam seus países de origem.
Em um dos casos, a imigrante síria Aliaa Hwijah e seu esposo, Mohammad, sobreviveram à perigosa jornada através do mar Mediterrâneo e foram resgatados pela guarda costeira grega no início deste mês.
Três semanas após a viagem desesperada, Aliaa está agradecendo a Deus por sua vida: “Deus nos enviou anjos para salvar as nossas vidas. Eu não posso explicar ou descrever esse momento”, disse à ITV News.
Desesperada para fugir da guerra civil na Síria – em que o Estado Islâmico persegue e mata cristãos -, ela, o marido e cada um dos passageiros do barco pagaram US$ 800 a contrabandistas que prometeram levá-los para fora da Turquia em uma pequena embarcação.
Após pouco mais de uma hora de viagem, o motor do barco parou, e todos os 24 passageiros temia naufragar ou serem atacados por piratas quando anoiteceu. Felizmente, a guarda costeira grega encontrou os migrantes desesperados e retirou-os do barco.
“Você sabe que naquele momento você acabou de ser resgatado da morte”, disse Aliaa.
Três semanas após o resgate noite no mar, Aliaa ainda não tem certeza se poderá ficar na Grécia, que está ficando superlotada com milhares de outros sírios que continuam a fugir do seu país.
Na verdade, um número crescente de imigrantes sírios está perdendo a vida em tentativas de encontrar asilo na Europa. Segundo a Organização Internacional para as Migrações, mais de 80 mil imigrantes desembarcaram na Europa somente em 2015, a maioria desembarcando na Itália e na Grécia.
Dentro do Mediterrâneo, a rota de imigração entre o norte da África e a ilha de Malta tem se mostrado a mais perigosa. Em abril, 910 pessoas morreram tentando seguir esse caminho, de acordo com informações da BBC. Em 2014, foi registrado um recorde de mortes nessas travessias: 3.200.
O papa Francisco afirmou que é preciso a união dos governos europeus para lidar com essa crise internacional: “Eles são homens e mulheres como nós, nossos irmãos que buscam uma vida melhor, fugindo da morte de fome, perseguição. Estão feridos, explorados, vítimas de guerra. Eles estavam à procura de uma vida melhor, procurando a felicidade. Eu convido-vos a orar em silêncio por estes irmãos e irmãs”, afirmou o líder católico.