Formada por Eduarda Maria e Aline Criscolim, mais conhecidas como Duda e Aline, a dupla de sertanejo universitário “As Bofinhas”, tem chamado a atenção em diversos meios de comunicação, principalmente por ser a primeira dupla sertaneja gay do país a ganhar notoriedade. Outro fato que chama atenção na dupla é a origem musical de Aline, que revelou ter dado seus primeiro passos na música em uma igreja evangélica.
Iniciada em uma brincadeira em uma rede social, a dupla acabou se tornando um projeto sério depois da repercussão que causou e, segundo as cantoras, tem como um de seus objetivos combater a homofobia.
– A intenção é exatamente essa, quebrar paradigmas e preconceitos, mostrando à sociedade como um todo, que somos todos iguais. A música de trabalho ‘A Onda Agora é Só Ficar’ traz um retrato da sociedade moderna, claro, não dispensando os interesses de quem quer casar, mas abrangendo a vontade de quem quer só ficar. A letra com melodia dançante diz ‘É uma aqui, é outra ali, é outra aqui, outra acolá, e assim eu vou ficando com todas e todas ficam comigo pra ninguém apaixonar’ – explica Eduarda, a primeira voz da dupla, em entrevista ao portal Vírgula, da UOL.
Eduarda afirma ainda que, através da música, podem conseguir atuar no combate à homofobia, “levando uma mensagem de conforto para aqueles que são vítimas de preconceito”.
Já Aline, revelou ter tido suas primeiras experiências musicais na igreja evangélica Deus Presente, onde aprendeu a tocar bateria aos 15 anos. Afirmando ainda frequentar a denominação, que ela classifica como inclusiva, a cantora declara que “Deus ama o homem incondicionalmente”.
– Sou de uma igreja inclusiva que aceita as pessoas como elas são, aliás, Deus aceita o ser humano como ele é, porque todos nós somos filhos dele, o preconceito, as mazelas, o engano e a discórdia, é criação da mente fétida de seres humanos maldosos, que querem denegrir a imagem do outro, porque não concorda com seus ideais – detalhou a cantora.
Dan Martins, para o Gospel+