André Valadão está sob intensas críticas por se posicionar de maneira contundente no que se refere à influência LGBT nas igrejas. Recentemente, o pastor e cantor afirmou que homossexuais têm que entender que, nas congregações cristãs, o ambiente será sempre de apontar a prática homossexual como um pecado.
O pastor da Lagoinha Orlando Church foi criticado por um bispo adepto do liberalismo teológico e respondeu afirmando que escolhe ser biblicamente correto e dispensa o politicamente correto.
Agora, um líder religioso LGBT – de uma das igrejas autodenominadas inclusivas – comentou a fala de André Valadão em uma entrevista ao jornal Estado de Minas. Gregory Rodrigues, que se apresenta como pastor ativista das liberdades sexuais, declarou que a Bíblia não proíbe as relações homossexuais.
“Fico me questionando porque usar o subterfúgio bíblico para se mostrar que estão corretos? Então, qual é o local destinado aos homossexuais? E toda a classe LGBTQIA quando eles quiserem responder a Deus? A Bíblia não proíbe de ser homoafetivo. Amar não é pecado”, afirmou Gregory Rodrigues, que é historiador e teólogo, além de coordenador titular da Aliança Nacional LGBTQIA em Minas Gerais.
Rodrigues se colocou como porta-voz do movimento LGBT por fazer parte de grupos que sempre debatem a situação dos homossexuais e demais definições (como trans, por exemplo) no Brasil. Ele entende que posicionamentos como o de André Valadão “mancham o nome da Igreja”.
“Igreja é um hospital, não um tribunal de julgamentos. Eu me sinto violentado na minha fé e envergonhado por ver pessoas usando isso para ódio ao invés do amor. Eles se fingem portadores da moral e dos bons costumes e estão lotados de escândalos e mais escândalos”, criticou.
“Essas atitudes mancham o nome da instituição igreja em todos os aspectos. Esse tipo de atitude mancha o Evangelho. A pregação deveria ser do amor. A instituição tem sido hipócrita depois da eleição do Bolsonaro, vista com interesses mundanos e financeiros. Esses casos mostram apenas que perdemos o verdadeiro propósito. A Igreja está cada vez mais ligada ao humano, o que acaba afastando, muitas vezes, as pessoas da fé”, acrescentou o pastor ativista LGBT.