Um acidente com um guindaste na área da grande mesquita, em Meca, Arábia Saudita, resultou na morte de 107 pessoas na última sexta-feira, 11 de setembro. Ao menos 238 pessoas ficaram feridas.
O desabamento do guindaste teria sido provocado “devido aos ventos e chuvas fortes” que atingiram a cidade às 17h10 no horário local, 11h10 no horário de Brasília, afirmou Ahmed bem Mohammad al-Mansuri, porta-voz das mesquitas de Meca e Medina.
Um dos funcionários da mesquita, Abdel Aziz Naqur, confirmou à agência France Press que a tempestade foi responsável pelo desabamento da estrutura. “Se não fosse a ponte Al Tawaf, o número de feridos e de mortos teria sido muito maior”, afirmou, referindo-se a uma passarela no interior da mesquita que amorteceu a queda.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o acidente aconteceu duas semanas antes do Hajj, a peregrinação anual que reúne muçulmanos de todo o mundo na cidade, considerada a mais importante da religião.
Nas redes sociais, fotos publicadas por pessoas que estavam no local mostravam diversos corpos no chão, cobertos por sangue. Vídeos feitos após o momento do acidente também mostravam pessoas desorientadas, correndo de um lado para outro.
Alguns internautas criaram uma hasthtag no Twitter para incentivar os moradores de Meca a doarem sangue nos hospitais da região.
Meca
A grande mesquita de Meca, denominada Masjid al-Haram (المسجد الحرام), vem passando por obras de expansão há anos. O guindaste no local fazia parte da estrutura usada pelo governo saudita para ampliar o templo, que recebe milhões de visitantes.
A cidade, conquistada pelo profeta Maomé no ano 630 d. C., é considerada uma área sagrada, onde nenhum não-muçulmano pode entrar e todos os muçulmanos do mundo devem visitar ao menos uma vez na vida, caso tenha condições para isso, segundo a tradição islâmica.
Uma infeliz coincidência fez com que o lamentável acidente ocorresse no dia em que foram lembradas as mortes das vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001. Segundo informações reunidas pelo blog O Contorno da Sombra, a empresa que iniciou as obras da grande mesquita anos atrás pertence ao grupo Binladin, fundado por Mohammed bin Laden, pai do terrorista Osama bin Laden, responsável pelo ataque às Torres Gêmeas.