Uma jovem de 19 anos que se rendeu a Jesus Cristo está sofrendo retaliações da própria família por ter abandonado o islamismo. Seu pai, inconformado, a submeteu a tortura, queimando-a com uma chapinha de cabelo.
A jovem Naasike Maliyati contou que entregou sua vida a Jesus após participar de uma cruzada evangelística junto com uma amiga. O evento, realizado em Uganda, ocorreu em um momento que a jovem visitava a casa da avó, em Lwangoli, cidade diferente de onde ela vive com a família, em Nampologoma.
Após a pregação, Naasike respondeu ao apelo: “Quando eles chamaram as pessoas para entregar suas vidas a Cristo, eu também fui e orei para receber Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador. Quando voltei para casa, contei à minha irmã que havia deixado o islamismo. Ela foi e contou ao nosso pai sobre minha conversão ao cristianismo”, resumiu a jovem.
Uma semana depois, ela foi a uma igreja e participou do culto. Ao voltar para casa, encontrou o pai, Abdulrahim Kutosi, 44 anos, furioso. Seus tios também estava no local e demonstraram bastante contrariedade com a decisão da jovem.
“Eles me amarraram, me bateram e, finalmente, meu pai pegou uma chapinha quente e água quente e me queimou e gritou alto que eu era uma vergonha para a família”, disse Naasike ao Morning Star News.
“Fui queimada por deixar o islamismo e me converter ao cristianismo, enquanto meu pai continuava furiosamente gritando que eu tinha envergonhado a família. Ele continuou dizendo que até Alá está irritado comigo, pois a dor continuava dentro do meu corpo”, acrescentou.
O pai a expulsou de casa, ordenando que os familiares a levassem para jogar no Rio Namatala. Um cristão que passava pelo local, chamado Nicolas Ndobooli, a resgatou: “Eu vi alguém gritando por ajuda e chamando, Jesus, Jesus, Jesus!’. Sendo cristão, decidi parar e corri o risco e a coloquei na minha moto até a clínica”.
Ndobooli pagou 30 mil xelins ugandenses (US$ 8) para internar a nova convertida na clínica, onde ela recebeu atendimento médico. Outros cristãos da região repudiaram o tratamento cruel de Kutosi à sua filha quando o caso se tornou conhecido.
A situação vivida por Naasike é um retrato da realidade dos cristãos em Uganda, que embora seja um país com liberdade religiosa na Constituição, registra muitos casos de perseguição, segundo informações do portal The Christian Post.