O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) voltou a atacar a bancada evangélica e os valores conservadores numa entrevista concedida para um evento de ciências sociais e humanas.
Em sua fala no fórum “Teocracia e Fundamentalismos na contemporaneidade: ameaças à cidadania e ao estado laico”, realizado no último dia 15 de novembro na UERJ, Jean Wyllys cometeu equívocos ao afirmar que a bancada de parlamentares evangélicos é formada apenas por políticos oriundos das igrejas Universal e Assembleia de Deus.
Defendendo os projetos que legalizam a prostituição, o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Wyllys frisou que a bancada evangélica não representa os cristãos do Brasil.
“Esses projetos de lei tem encontrado uma resistência muito grande por parte da chamada bancada cristã no Congresso Nacional. Essa bancada cristã não representa todos os cristãos do Brasil. Ela representa tão somente as igrejas Universal do Reino de Deus e as Assembleias de Deus, que estão organizadas, antes, em dois partidos: o PR, que é o partido da Igreja Universal do Reino de Deus; e o PSC, que é o partido das Assembleias de Deus”, disse.
No entanto, os parlamentares membros da Igreja Universal são filiados ao Partido Republicano Brasileiro (PRB), e não ao PR, como ele afirma no vídeo, além de haverem deputados assembleianos filiados a outros partidos que não o PSC, como o caso do pastor Paulo Freire, filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa (presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus –CGADB) e filiado ao PR.
“Esses dois partidos e essas duas igrejas estão representados nessa bancada cristã. Claro que essa bancada também tem deputados do PV, que são evangélicos, e tem deputados do PT, que são evangélicos. Mas de uma maneira geral, ela é tomada pelos deputados do PR e do PSC e também alguns do PP”, disse Wyllys.
O ex-participante do reality show Big Brother Brasil disparou ainda contra o pastor Silas Malafaia e o bispo Edir Macedo em sua fala a favor da prostituição – referida por ele como “profissão do sexo”, casamento gay e aborto.
“A comunidade cristã não pode deixar que pessoas como Silas Malafaia, Edir Macedo e outros fundamentalistas falem em nome dela. Essa comunidade tem que vir a público e dizer ‘não, essa pessoa não fala [em meu nome]. Eu sou cristão e defendo a dignidade dos homossexuais, eu sou cristão, mas acho que a mulher tem direitos sobre o seu corpo”, afirmou.
Assista o vídeo na íntegra:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+