Um grupo muçulmano resolveu usar uma estratégia bem incomum para divulgar princípios de respeito e compreensão, e terminou provocando uma enorme polêmica com a comunidade cristã dos Estados Unidos. Placas com os dizeres “Jesus é muçulmano” foram espalhadas pela cidade de Columbus, estado de Ohio, e suscitaram o furor de muitos cristãos.
A iniciativa da entidade Ask a Muslim (“pergunte a um muçulmano”, em tradução livre) irritou diversos ministérios cristãos do estado, que acusam o grupo de “roubar” o nome de Jesus para distorcer a verdade a fim de converter pessoas ao islamismo.
Em contrapartida, o grupo muçulmano alega que suas ações são sempre focadas em fazer da sociedade “um lugar com menos violência e ódio, cheio de respeito e compreensão mútua”, e que o uso do nome de Jesus tinha a intenção de mostrar uma forte conexão entre a Bíblia Sagrada e o Alcorão, livros que representam a palavra divina nas duas religiões, e que os ensinamentos de Cristo são semelhantes aos de Maomé, que é visto como profeta de Deus no islamismo.
A reação dos cristãos foi imediata, e o grupo cristão Pass The Salt (“repasse o sal”, na tradução para o português) anunciou que fará uma vigília de oração, com palestras que explicarão as diferenças entre as duas religiões e esclarecendo que Jesus não possui ligações com o islamismo.
Parte dos argumentos usados pelo Pass The Salt envolvem o reconhecimento que Maomé fez de Jesus como profeta. Nesse ponto, o ministério argumenta que a religião muçulmana é incoerente porque não reconhece o nazareno como Filho de Deus. “Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou mais de 600 anos antes do nascimento de Maomé. Embora o Islã homenageie Jesus como um profeta, eles não acreditam que Ele seja o filho de Deus ressuscitado”, comentou Dave Daubenmire, líder do Pass The Salt, ao Christian Post.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+