Uma jogadora de futebol cristã decidiu abandonar a seleção feminina dos Estados Unidos após a federação decidir apoiar o mês do orgulho LGBT através de camisas especiais que foram usadas em amistosos.
Jaelene Hinkle afirmou que sua decisão de não jogar pela seleção feminina foi simples, pois não aceitaria contrariar suas crenças religiosas que define a homossexualidade como pecado. Ela recusou a convocação, mesmo que jogar pelo país fosse seu sonho.
“Eu me senti convencida em meu espírito que não era meu trabalho usar essa camisa”, disse Jaelene em uma entrevista ao programa de entrevistas The 700 Club, da emissora Christian Broadcasting Network (CBN).
“Eu me dei três dias para apenas procurar e orar e determinar o que Ele estava me pedindo para fazer nesta situação. […] Eu estava essencialmente desistindo do sonho que as garotinhas sonham em toda a sua vida e eu estava dizendo não para isso. […] Eu acho que é onde a paz supera a decepção. Eu sabia que no meu espírito eu estava fazendo a coisa certa. Eu sabia que estava sendo obediente”, acrescentou a jogadora.
Nos Estados Unidos, o futebol – chamado de soccer por lá – é um esporte amplamente popular entre meninas e adolescentes, enquanto a modalidade masculina não figura entre as mais praticadas no país, que tem como marca o futebol americano, beisebol e basquete.
Jaelene atua como zagueira e recentemente completou 25 anos de idade. Antes de ter recusado a convocação para os amistosos por causa das camisas LGBT, ela já havia atuado oito vezes. No entanto, depois desse episódio, outras convocações foram feitas, mas a jogadora cristã foi ignorada.
Atualmente, ela joga pelo Courage, da Carolina do Norte, na Liga Nacional de Futebol Feminino. O episódio da recusa da convocação ocorreu em junho do ano passado, mas ainda repercute. Na quarta-feira 30 de maio, ela disputou uma partida contra o Portland Thorns, em Oregon, e os torcedores locais a vaiaram e hostilizaram.
“Ela é firme em sua fé, e na minha opinião isso é absolutamente incrível”, disse Jessica McDonald, companheira de time, expressando apoio à colega após as vaias, segundo informações do jornal The Washington Post.