O líder da Igreja da Inglaterra está sendo pressionado por fiéis da denominação a renunciar da posição de liderança após fazer uma declaração de apoio às práticas homossexuais, contrariando a doutrina da denominação.
Justin Welby ocupa a posição de Arcebispo da Cantuária desde 2013. Esse título é dado ao bispo que ocupa a posição de liderança da Igreja da Inglaterra, que segue a tradição Anglicana.
Em uma recente entrevista a um podcast, Welby fez comentários apoiando a intimidade sexual em relacionamentos de pessoas do mesmo sexo, dizendo que a prática é moralmente aceitável em uniões “estáveis, comprometidas e fiéis”.
“O ponto em que chegamos é dizer que toda atividade sexual deve ser dentro de um relacionamento comprometido, seja ele hétero ou gay”, declarou Welby.
Em resposta, fiéis conservadores passaram a cobrar a renúncia do arcebispo, afirmando que suas declarações representam um afastamento fundamental da doutrina da Igreja da Inglaterra sobre casamento e ética sexual.
A Alliance, uma entidade que reúne diferentes grupos de fiéis que seguem os ensinamentos bíblicos sobre ética sexual, escreveu aos arcebispos e bispos expressando suas preocupações.
Esse grupo pontua que a liderança da Igreja da Inglaterra vem praticando uma doutrina diferente da oficial, o que representa uma igreja “paralela de fato dentro da Igreja da Inglaterra”.
A doutrina oficial da Igreja da Inglaterra afirma que “a relação sexual, como uma expressão de intimidade fiel, pertence propriamente ao casamento exclusivamente”, definindo o casamento como uma união vitalícia entre “um homem com uma mulher”.
A orientação pastoral estabelecida em 2023 para as Orações de Amor e Fé reitera essa postura, afirmando que “é dentro do casamento que a intimidade sexual encontra seu devido lugar”, conforme o portal The Christian Post.
Reação
Frente às constantes iniciativas de militantes progressistas em tentar mudar a doutrina sobre sexualidade, cristãos de todas as partes têm reagido, defendendo a conservação dos ensinos bíblicos.
Um exemplo disso é o reverendo Heber Campos, da Igreja Presbiteriana, que falou sobre a necessidade de confrontar os grupos que tentam minar a doutrina bíblica: “Temos que jogar a Escritura na cara deles. Porque a tentativa deles é fazer com que a Bíblia não é de fato contrária ao ‘LGBTQ-sei-lá-o-quê’; ‘não é, isso é preconceito nosso’. Não é! É opinião divina e nós temos que ter coragem de falar dessa turma”, disse o veterano pastor.
Outro exemplo é a ruptura ocorrida na Igreja Metodista Unida, que nos Estados Unidos abraçou a pauta LGBT e viu mais de 7 mil congregações romperem com a denominação. O mesmo movimento começa a ser planejado por metodistas na Coreia do Sul, insatisfeitos com a permissão para uniões entre pessoas do mesmo sexo.