Jonathan Nemer é um dos humoristas da nova geração que se valem das ferramentas das redes sociais para divulgar seu trabalho, mas foge ao padrão por recusar o humor feito à base de apelações, como palavrões, por exemplo.
Em uma entrevista ao programa The Noite, do também humorista Danilo Gentili, Nemer reafirmou seu compromisso com o “humor para a família”. O sucesso na escolha é evidente: o canal Desconfinados, no YouTube, já alcançou 2,2 milhões de inscritos, totalizando mais de um bilhão de visualizações.
Na entrevista, Nemer disse que o formato de seu canal é inspirado no grupo Porta dos Fundos, que esbanja inteligência, mas apela. O humorista cristão reclamou do humor ácido com as religiões nos vídeos dos ateus Gregório Duvivier e Fabio Porchat, por exemplo, citando os esquetes que ridicularizam a tradição católica.
Falando sobre as novelas, disse que os folhetins exercem influência sobre a sociedade: “Se você for ver, esses comportamentos [depreciativos] estão cada vez mais rotineiros, a sociedade está cada vez mais corrompida. É só comparar o número de divórcios de antigamente para hoje. Então cada vez mais o nível vai baixando”.
No contexto da “degradação”, aproveitou a oportunidade de falar sério, sem perder a piada: “O prazer é assim também. Você começa tomando uma cervejinha. Daqui a pouco, cerveja não tá bom mais para você. Já começa tomar uma vodka. Daqui a pouco é cigarro… Até sexo, cara”, disse, acrescentando o caso do ex-jogador Ronaldo, que foi flagrado com travestis.
Preconceito
Jonathan Nemer afirmou que venceu a barreira do preconceito com o humor cristão se desfazendo de rótulos: “Eu poderia falar assim ‘humorista gospel’. Mas, existe advogado gospel? Médico gospel? Não. Eu faço humor para todo mundo. Nos meu shows, eu interajo, pergunto a religião de cada um. Tem espírita, umbandista, ateu, à toa… É família de um modo geral”, resumiu.
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