No último dia 27, uma estudante foi encontrada morta dentro da Igreja Cristã Redentora de Deus, na Nigéria. Seu nome era Uwaila Vera Omozuwa, tinha 22 anos e estudava teologia, pois tinha por objetivo se tornar pregadora da Palavra de Deus.
Em entrevista por telefone a CNN, sua irmã disse que “a igreja era seu lugar favorito. É devastador que ela tenha sido assassinada onde ela sempre encontrou paz”.
A jovem foi encontrada num estado deplorável, seminua e envolta na poça de seu próprio sangue.
Segundo a perícia, ela foi golpeada na cabeça com o extintor, onde foram coletadas as impressões digitais dos possíveis envolvidos no crime bárbaro. O suposto assassino foi identificado e preso.
Na Nigéria o estupro é tido como um grande tabu, pois é raro qualquer família usar esse termo para descrever o ocorrido, segundo Osai Ojigho, diretora da Anistia Internacional na Nigéria. A polícia preferiu adotar o termo “assédio sexual desumano”, informou a Universa.
“Mostra que a polícia não está disposta a sequer investigar casos de estupro, e prefere investir nas alegações de estupro. Ambos são crimes hediondos e nenhum deveria ser deixado de lado”, afirmou Ojighoem entrevista à CNN.
Casos como esse ocorre em toda parte do mundo. O feminicídio tem sido alvo de grande preocupação por parte das autoridades em vários países. Campanhas de proteção à mulher são realizadas nas mídias, sites, revistas, redes sociais, etc. Mesmo assim, a taxa de mortalidade feminina em função da própria condição sexual continua sendo alta.
Foram registrados 3.739 homicídios dolosos de mulheres no ano passado, uma queda de 14,1% em relação a 2018. Apesar disso, houve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídios – crimes de ódio motivados pela condição de gênero.
Países como a Nigéria, que encara o estupro como tabu, ainda tem uma longa estrada pela frente no combate à violência contra a mulher. No caso da jovem de apenas 24 anos morta na igreja, foi um estupro seguido de morte.