O pastor Ruben Souza Nascimento, viúvo da cantora Fabiana Anastácio, falou sobre a morte da esposa em decorrência da Covid-19 e declarou que apesar do luto, está feliz pelo tempo que teve ao lado da companheira, com quem teve três filhos em 20 anos de união.
Fabiana Anastácio faleceu na última quinta-feira, 04 de junho, e seu marido entende que ela “cumpriu sua missão de levar fé e alegria para pessoas de todo o Brasil”.
“Ela era muito bonita, muito alegre. Todo ambiente em que ela estava, era contaminado por alegria e simpatia. Ela cantava e palestrava em igrejas no Brasil inteiro e quem a conheceu sabia que era uma pessoa extraordinária”, disse Nascimento em entrevista ao portal G1.
A percepção do pastor é que a doença evoluiu de forma agressiva em sua esposa, já que ele também foi infectado e se recuperou rapidamente. Antes da internação, Fabiana Anastácio estava isolada em casa e só foi internada quando os sintomas se intensificaram.
“A gente suspeitava [de Covid-19], então ela se isolou, foi se tratando, mas até então parecia uma gripe. Quando ela foi testar já ficou internada. A Fabiana é muito forte, mulher de muita fé, além de cantora ela palestrava sobre fé e era muito segura sempre em Deus e na fé, estava enfrentando como uma situação normal. A gente não esperava que partisse tão cedo”, lamentou Nascimento.
Em outra entrevista, ao portal Bol, ele declarou que a conversa que terminou sendo de despedida foi marcada por otimismo: “A última vez que conversamos ela estava internada, antes de ir para a UTI. Tudo com muita naturalidade porque não esperávamos esse final. Falamos sobre a minha recuperação que foi muito rápida. Eu me internei primeiro e quando saí ela estava internada”, relembrou.
“Foi uma palavra de incentivo porque como eu estava bem e acreditávamos que ela também ficaria bem. Ela estava calma, tranquila, com muita fé em Deus e não se abalou em nenhum momento”, acrescentou o pastor.
Embora estejam enlutados, ele e os filhos devem se dedicar a encontrar forças na fé para superar o momento. “Eu estou confiando. Na verdade a gente vê a morte, a partida, como um ato soberano de Deus, então eu não tenho a frustração. A gente aceita porque confia em Deus. O luto é doloroso, mas é um ato de Deus e ele vai nos dar força para vencer”, disse.
“Ela viveu intensamente. O que temos de fazer é aproveitar o momento para fazer o melhor e ela aproveitou cada momento, focada em ajudar as pessoas, levar alegria, sempre com uma palavra de fé. Eu entendo que ela cumpriu a missão dela”, reiterou Nascimento.
Para o viúvo, a imagem que fica é de uma pessoa que se dedicou a viver o que acreditava: “Fabiana era conhecida como uma mulher de muita fé, apaixonada por Deus e que vivia uma espiritualidade muito intensa. Ela cantava desde os quatro anos de idade e também palestrava com muita alegria. Eu a defino como uma pessoa muito alegre e extraordinária. Onde chegava, ela contagiava. É por isso que houve toda essa manifestação de carinho e apoio. Ela era acessível e gostava de pessoas. Era apaixonada por Deus e por pessoas. Era muito talentosa, organizava eventos, liderava corais e musicais. E tudo isso com dinamismo e graça”, concluiu.