Os testemunhos de bençãos alcançadas através da oração têm um grande valor de encorajamento aos cristãos que atravessam dificuldades. A história de Jordan Lawhead, curado de um câncer agressivo, inspira a dar valor ao relacionamento com Deus.
Diagnosticado com melanoma maligno no pescoço, Jordan disse ter se sentido desolado, como se uma contagem regressiva tivesse sido iniciada para o fim da sua vida: “Eu posso me lembrar de ouvir o médico caminhar pelo corredor. Da batida muito tímida na porta. Eu posso lembrar dele sentado. Eu percebia o olhar em seu rosto. A notícia não era nada boa”, relembrou.
Em entrevista à emissora Christian Broadcasting Network (CBN), Jordan contou que aceitou se submeter a uma cirurgia para remover o melanoma, mas que isso seria apenas um primeiro capítulo de uma história que reservava novas adversidades. Anos depois, aos 23 de idade, o câncer voltou em estágio quatro, espalhado pelo cérebro e outras partes do corpo.
“Foi todo o meu corpo. Estava na minha cabeça, no meu pescoço, no meu estômago, nas minhas costas, nos meus pulmões. Em todo lugar”, afirmou. “Eu me sentia quebrado, completamente quebrado e devastado”, acrescentou, lembrando do diagnóstico dos médicos, que o deram apenas seis meses de vida.
Enquanto fazia o tratamento no Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, Jordan e seus pais buscavam a Deus por cura e respostas. “Por que ele, Senhor? Por que não eu? Eu preferiria ocupar seu lugar e lidar com todo o sofrimento, a dor e a agonia em vez de você passar por isso”, costumava dizer seu pai.
Uma das ações tomadas pelos médicos foi submeter Jordan a sessões de radioterapia, com o propósito de encolher o tumor no cérebro. Além disso, foram realizadas duas cirurgias de emergência para remover parte do intestino e apêndice. Só que, em meio a tudo isso, os médicos descobriram que um tumor estava crescendo rapidamente no pescoço de Jordan.
“Estava ameaçando pressionar sua traqueia. Ele não seria mais capaz de respirar. Ele morreria imediatamente”, afirmou o Dr. Ivan Puzanov, pontuando que após a descoberta, a expectativa de vida de Jordan foi reduzida a dias.
Apelo
Para tentar contornar mais essa surpresa, os médicos ofereceram a Jordan a opção de fazer um tratamento arriscado, com a droga Interlueukin-2, considerada fatal em caso de complicações. “Então, nós realmente fomos pressionados a fazer o tratamento arriscado em circunstâncias ainda mais arriscadas”, disse Puzanov.
Jordan contou que essa situação o levou a crer que precisava colocar sua vida nas mãos de Deus: “Precisávamos de dois dias para decidir. E foi nesse momento que eu tive que decidir acreditar que Deus nos fez como indivíduos e não estatísticas”, afirmou, fazendo referência às chances de cura ou de morte.
Os médicos informaram que Jordan seria submetido a quatro sessões de medicação com a droga, com cada uma delas exigindo uma internação de cinco dias. Uma noite, enquanto seu pai dormia a seu lado, Jordan decidiu orar: “Eu olhei para cima e disse a Deus: ‘Eu realmente não sinto que você me ama. As pessoas dizem que você nos ama. Eu li na Bíblia. Mas agora mesmo não sinto que você me ama’”, confessou, esgotado.
“Eu deitei, e meu pai estava limpando meu rosto e meu queixo, e foi nesse momento que eu abri meus olhos e percebi que o amor de Deus não é apenas uma sensação”, disse Jordan. “Mas é tão real quanto as pessoas em nossas vidas, encontrando-nos nos lugares mais sombrios com um balde dizendo: ‘Estou aqui para você’. É isso, é esse lugar. É esse momento, essas mãos, esse coração, esse amor, tem que vir de algum lugar”, acrescentou.
Jordan se juntou a seus pais nas orações, e sua história se espalhou: “Tive tantas pessoas orando por mim. Eu tive muita sorte. Havia pessoas idosas orando por mim. Estranhos escreviam para mim com mensagens de oração”, revelou.
A cura
Logo que foi submetido à primeira sessão de medicação, os tumores começaram a regredir. Nos meses seguintes, ele foi submetido a outras três rodadas de ingestão da droga em seu organismo, e 18 meses depois de ter sido diagnosticado, ele estava à espera de uma nova avaliação dos médicos.
A batida na porta, novamente, foi aguardada com ansiedade. Mas, dessa vez, ela trouxe respostas positivas, e a conversa com o médico o fez crer que Deus usou Seu poder para abençoá-lo.
Este mês completa oito anos que Jordan foi avisado pelos médicos que viveria apenas mais seis meses. Aos 31 anos de idade, ele não tem focos de câncer no corpo, e se dedica a compor e tocar, além de ser mentor de jovens com problemas de saúde que são acompanhados pelo ministério You Inspire.
“Eu acredito que Deus me ensinou a depender somente d’Ele e vê-lo como Ele é e como eu sou: que eu não tenho controle, que Ele tem esse controle. E quando eu deposito minha confiança n’Ele, com toda minha vida, minha alegria, minha carreira e planos, eu posso ser alegremente dependente d’Ele porque Ele é misericordioso”, testemunhou.