Trezentos ganhadores do concurso europeu organizado pelo Movimento pela Vida (MpV) italiano, em colaboração com o Foro das famílias, sobre o tema “Europa e direitos humanos. Nós, jovens protagonistas”, reuniram-se nesta quarta-feira no hemiciclo do Conselho da Europa para debater e votar sobre um documento que será enviado a todos os parlamentares europeus e a todas as escolas italianas.Os reunidos debateram e votaram emendas a um documento que, em nome da grandeza cultural e civil da Europa, rejeita o aborto, a destruição de embriões, a eutanásia, e pede o reconhecimento das raízes cristãs para defender a liberdade religiosa e impedir a perseguição dos crentes.
O documento final sublinha que “cada vida é digna de existir e tem sempre o valor máximo” e “tem direito a ela cada ser vivo da espécie humana, qualquer que seja sua idade, sua saúde, riqueza, condição social, nacionalidade”.
No documento se sublinha a importância do respeito e da promoção dos direitos humanos e se denuncia a contradição de uma Europa que, ainda tendo idealizado e promovido os direitos humanos, permite “o aborto amplo, o uso destrutivo de embriões humanos com fins experimentais, a eutanásia admitida em alguns países”.
Os jovens pedem, portanto, “o reconhecimento do direito à vida desde a concepção até a morte natural”, como conseqüência racional da doutrina dos direitos humanos.
Após agradecer a Europa pela promoção da paz e da democracia em todo o mundo, o documento sublinha a necessidade de pedir à ONU uma moratória universal na execução das condenações à morte.
Neste sentido, os jovens denunciaram o aborto como condenação à morte de crianças concebidas e ainda não nascidas, e rejeitaram a ideologia que queria inclusive contemplar “o aborto como direito humano fundamental”.
Sobre o enorme desenvolvimento científico, os jovens propõem incentivar a pesquisa com bolsas e postos de trabalho, mas definem como contraditória e contrária aos direitos humanos a opção européia de destinar fundos comunitários à destruição de embriões humanos para obter células-tronco.
Também porque – diz o documento – “podem obter resultados terapêuticos mais rápidos e eficazes utilizando células-tronco de tecidos adultos”.
No documento se pede também o apoio ao gênio feminino e políticas de ajuda e assistência especial para mães e crianças.
Com relação à família e ao casamento, o documento aprovado pede medidas de caráter cultural, econômico e social para consolidar, sustentar e promover o laço familiar e natural entre homem e mulher.
Concluindo, o documento defende a liberdade religiosa e pede à União Européia que faça sentir sua voz de maneira mais forte em defender “a liberdade de todas as religiões” e em especial preservar as próprias raízes, a cultura e a civilização cristãs.
Fonte: Zenit