Jurgen Klopp é um técnico de futebol em ascensão e acaba de classificar seu time, o Liverpool da Inglaterra para a final da Champions League, o maior torneio de clubes do mundo. Com todos os holofotes do esporte sobre si, a mídia se debruçou sobre a história do treinador, e descobriu sua fé em Deus como um dos pontos que ele mais valoriza.
Os torcedores do Liverpool são conhecidos como alguns dos mais fanáticos da Inglaterra. O time, que tem como lema “You Never Walk Alone” (“você nunca caminhará sozinho”, em tradução livre) viu surgir nas arquibancadas faixas com manifestações intensas dos torcedores em relação ao técnico alemão: “In Klopp we trust” (“nós confiamos em Klopp”).
Conhecido por sua franqueza, mas também pela discrição em relação à vida pessoal, o técnico falou sobre sua fé em algumas oportunidades, como no início de sua carreira como treinador, quando comandava o pequeno Mainz, na Alemanha.
Segundo informações do Premier Christianity, após uma derrota um repórter perguntou se os “deuses do futebol” estavam contra ele. “Não há deuses do futebol, mas existe um Deus que nos ama assim como somos, com todas as nossas peculiaridades. Mas somos nós que devemos marcar nossos próprios gols”, afirmou, à época. No mesmo contexto, acrescentou dizendo que seu “relacionamento com Deus mudou sua perspectiva de vida”.
Antes de ser treinador, Klopp foi jogador e, como todo menino aficcionado por futebol, a dedicação ao esporte o privava de outras atividades: “Com cerca de 13, 14 anos, surgiu a questão: posso jogar no domingo de manhã, embora saiba que deveria ir à igreja? Logo percebi que havia muito tempo no resto da semana para a fé”, relatou.
Assim, construiu sua carreira sem abandonar a fé, tornou-se treinador e logo estava à frente de um dos maiores clubes da Alemanha, o Borússia Dortmund, onde conquistou diversos títulos. Em 2015, após assumir o Liverpool, a questão de sua fé veio à tona mais uma vez, e um artigo escrito por Klopp, então, se tornou sua afirmação mais incisiva sobre o assunto.
“Sou um crente, mas não falo muito sobre isso! Se alguém perguntar sobre minha fé, eu explico. Não tenho a pretensão de ser algum tipo de missionário, mas quando olho para mim e para a minha vida sinto-me guiado pelas mãos divinas. Acho uma pena que outras pessoas não tenham essa sensação de segurança”, disse.
Agora, aos 50 anos, diante da chance de conquistar o maior torneio de futebol do mundo contra o Real Madrid, o treinador sabe que os torcedores do Liverpool confiam nele, mas sabem que ele não deposita sua fé em si mesmo, mas em Deus.