A luta contra o aborto é algo que faz parte da vida da absoluta maioria dos cristãos. Diante disso, muitos resolvem realizar vigílias nas proximidades das clínicas onde a vida dos bebês é retirada ainda no ventre materno, deliberadamente.
As vigílias de oração são feitas em clamor a Deus pela vida dos bebês, assim como para que o Senhor atue sobre as mulheres que pensam em abortar, a fim de que elas desistam do procedimento.
Contudo, um projeto de lei aprovado no Reino Unido poderá criminalizar a iniciativa pró-vida junto a essas clínicas de aborto. Trata-se de uma emenda ao Projeto de Lei de Ordem Pública. Com ela, fica instituída a criação de ‘zonas de proteção’ nos arredores das unidades de saúde onde a vida dos bebês no útero é retirada.
O projeto proíbe “assediar, obstruir ou interferir” na decisão das mulheres que desejam abortar. Isso, na prática, envolve a realização das vigílias, vistas pelos abortistas como um tipo de pressão psicológica.
“Há um momento e um lugar para ter essa conversa, mas não é quando você está lidando com mulheres vulneráveis”, declarou a deputada Stella Creasy, responsável por propor a emenda. Ela alegou que “isso não impede a liberdade de expressão sobre o aborto. Não impede as pessoas de protestar”, desde que isso não ocorra nas ‘zonas de proteção.
“Sofrimento significativo”
Defensora do aborto como um direito de escolha, Clare Murphy, executiva-chefe da Serviço Britânico de Aconselhamento Sobre Gravidez, também defendeu a emenda aprovada pelos deputados ingleses.
Isso porque, segundo ela, os grupos pró-vida que fazem vigílias de oração nos arredores das clínicas de aborto causam “sofrimento significativo” às mulheres que resolvem abortar.
“Esses grupos tentam impedir que as mulheres acessem o atendimento ao aborto, exibindo imagens gráficas de fetos, chamando as mulheres de ‘assassinas’ e pendurando roupas de bebê nas entradas das clínicas, causando sofrimento significativo às mulheres. A votação de hoje encerrará essa atividade”, disse ela, segundo a BBC.
Discussão no Brasil
O aborto é um dos temas mais discutidos no mundo e não é diferente do Brasil. Nas eleições desse ano, o assunto voltou a pautar o debate entre os candidatos à Presidência da República, por exemplo. Veja mais, abaixo:
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