A Bíblia é uma fonte inesgotável de pesquisas arqueológicas. Através dos seus relatos grandes descobertas históricas foram feitas ao longo dos anos, por especialistas do mundo inteiro. Dessa vez, um novo achado parece ter reforçado mais uma das suas passagens, ao revelar o local mais provável onde Jesus fez o seu primeiro milagre.
Jesus Cristo transformou água em vinho quando estava em uma cerimônia de casamento. Segundo o livro de João, capítulo 2 e verso 11, “este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele”.
Caná da Galiléia, contudo, nunca foi encontrada, devido ao tempo de construção, tamanho e a frequência dos conflitos que envolviam a região, fazendo com que sua configuração mudasse com o tempo. Porém, isso até agora, pois o arqueólogo Tom McCollough acredita ter identificado “o local mais provável” da cidade.
“A presença de seis jarros de pedra acima de um altar em um santuário na possível localização de onde ocorreram as bodas de Caná é um forte indício que os primeiros cristãos da era bizantina acreditavam que essa era a Caná citada nos Evangelhos”, explica o arqueólogo.
A publicação do seu achado foi feita na revista Biblical Archaeology Review, citando o local que hoje é conhecido como Khirbet Cana, situado a cerca de 14 quilômetros de Nazaré, a maior cidade da parte Norte de Israel. Escavações no local ocorrem desde o ano 2000, com vários especialistas procurando pela antiga Caná, entre outros achados.
A descoberta revelou vários túneis subterrâneos na cidade, onde foram encontrados nas paredes inscrições como “Kyrie Iesou” (Senhor Jesus, em grego), além de símbolos da cruz. Acredita-se que esse foi um dos locais onde os cristãos na época se reuniam, sendo, portanto, a maior evidência do achado.
Além dos túneis, também encontraram uma caverna, onde há “uma grande tampa de sarcófago com cruzes de estilo maltês e virada de lado para servir como uma espécie de altar, a borda superior desgastada, talvez por peregrinos que colocavam as mãos sobre o local durante a oração”.
O conjunto de indícios reforçam a tese de que os cristãos se reuniam no local, não apenas pela perseguição que sofriam na época, mas também pelo valor simbólico de Caná da Galiléia. Apesar disso, não foram encontrados escritos específicos com o nome da cidade. Com informações: Aleteia.