Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, também conhecido simplesmente como CR7, é sem dúvida um dos maiores atletas de futebol da história, considerado por vários anos seguidos o melhor jogador do mundo e uma fonte de inspiração para diversos garotos que sonham em chegar ao nível do atacante do clube Real Madrid.
Mas, a trajetória de CR7 não existiria, caso a sua mãe, senhora Maria Dolores dos Santos Aveiro, atualmente com 63 anos, tivesse conseguido levar a cabo o seu plano de abortar o filho. Ela contou sua experiência em uma autobiografia, lançada em São Paulo na última terça-feira (22), com o título “Mãe Coragem”.
O título do livro não deve ser por menos. Dona Maria Aveiro perdeu sua mãe aos seis anos de idade e foi abandonada pelo pai logo em seguida. Ela precisou viver sua infância parte da juventude em um orfanato. Quando adulta, se casou com José Dinis Alveiro, mas o alistamento para uma guerra na Angola mudaria completamente a vida do marido.
Maria Aveiro já era mãe de três filhos quando o marido foi para a guerra. Quando ele voltou, estava transformado. Os horrores do campo de batalham haviam abalado psicologicamente o homem que, além de violento, se tornou alcoólatra. Ainda assim, foi com ele que ela teve o quarto filho, de forma não planejada, aos 29 anos.
“Naquela altura eu tinha três filhos e muitas dificuldades. Dos 29 para os 30 anos fiquei grávida pela quarta vez e é claro que fiquei muito aflita, então resolvi abortar. Esse filho é o Ronaldo”, disse ela em uma entrevista publicada pela TV UOL, falando que no momento estava decidida pelo aborto.
“Tomei muitos chás, mas não consegui. Então resolvi ir ao médico para abortar. O médico olhou para mim e disse: ‘Não, você é muito nova. Esse filho que você tem aí vai te dar muita alegria”, disse ela.
Naquele momento Maria Aveiro não fazia ideia de como seria a vida do seu filho. Tomada pelo desespero, ela não conseguia enxergar a vida do ser humano que carregava em seu ventre. “Fui para casa toda triste. Nunca pensei que [aquele bebê] viesse a ser a pessoa que se tornou hoje.”
A mudança em seu coração e mentes foi ocorrendo aos poucos. O que era resistência, foi se revelando em amor, quando ela compreensão que a gestação é um dom de Deus: “Aquele era o filho que Deus me deu e eu tinha que recebê-lo”, disse ela.
Atualmente a mãe de Cristiano Ronaldo alerta outras mulheres sobre o equívoco do aborto. Ela tenta demonstrar que apesar das circunstâncias difíceis, a vida supera a dor e a alegria de ter um filho é maior do que qualquer outra coisa:
“Agora quero transmitir a todas as mulheres que ficarem grávidas, com dificuldades como eu passei, para lutarem, não cruzarem os braços, porque a gente nunca sabe a alegria que aquele filho vai nos dar”, destacou.