Após a instalação da CPMI do 8 de janeiro, deputados e senadores federais da oposição e governistas começaram a se articular para compor a Comissão. Entre eles está o evangélico Magno Malta, que tem defendido a indicação de André Fernandes para a relatoria do grupo.
Segundo informações do site Conexão Política, Malta estaria atuando nos “bastidores” para conseguir colocar Fernandes na relatoria da CPMI do 8 de janeiro. O deputado federal foi o responsável por protocolar o pedido de abertura da Comissão.
A CPMI, que vinha sendo defendida pela oposição, passou a ser disputada pelos governistas após vazamento de imagens em que um ministro de Lula, o general Gonçalves Dias, aparece caminhando tranquilamente ao lado de vândalos que invadiram o Palácio do Planalto.
G. Dias, como é mais conhecido, comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência da República, mas acabou sendo demitido do cargo após o vazamento das imagens.
Verdade à tona
Para Magno Malta, a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro servirá para trazer à tona a verdade sobre o que realmente ocorreu naquele dia, ocasião que resultou na prisão de mais de 1.400 pessoas inicialmente.
“Hoje é um dia muito importante para o Brasil”, disse o senador ao celebrar a instalação da Comissão esta semana. “Vamos dar luz à verdade. Poderemos limpar o nome de pessoas inocentes, que foram presas injustamente e chamadas de terroristas. Quando a lei se prostitui, que se faça justiça!”.
Para André Fernandes, a oposição precisa garantir que os governistas não mudem o objetivo da CMPI, que é apurar a responsabilidade dos atos de 8 de janeiro, nem queira criar narrativas para blindar membros do governo potencialmente envolvidos.
“Os líderes indicarão os membros da comissão. Lutaremos para não permitir que o governo invada a CPMI afim de desvirtuar as investigações”, comentou o deputado nas redes sociais.