Ex-zagueiro é empresário da esposa e cantora evangélica Aline Barros. Na nova profissão, é dono de gravadora, produtora, estúdio 3D e palco móvel
Na contramão dos ex-jogadores que sofrem psicológica e financeiramente com a aposentadoria, Gilmar dos Santos aproveitou o afastamento dos gramados para apostar na sua veia empresarial. Como a maioria dos outroras companheiros, confirma que não via a hora de oferecer mais atenção à família. Aliado a esposa e ao filho, ele passou a se dedicar ainda mais à igreja evangélica Comunidade Zona Sul, no Rio de Janeiro. Não só virou pastor auxiliar, depois de oito anos de estudo, como despertou-se para o filão da música gospel.
Em vez de bolas, camisas e chuteiras, o ex-zagueiro de São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Botafogo agora coleciona CDs, DVDs e muitos prêmios como produtor musical. Tudo na sombra da esposa – e também pastora da mesma igreja -, a cantora Aline Barros. Em 17 anos de carreira, ela lançou 20 álbuns – cinco em espanhol e quatro voltados para o público infantil. Vendeu cerca de 5 milhões de cópias e arrebatou certificações de Disco de Ouro, Platina Duplo, Platina Triplo e Diamante. Foi também a primeira brasileira do segmento evangélico a ganhar o Grammy Latino.
– A Aline (Barros) é um fenômeno. Dentro do segmento gospel, ela é disparada a artista de maior sucesso. Já o meu negócio com a música é nos bastidores. Me sinto realizado em trabalhar por trás das câmeras. Se antes eu era o famoso da família, agora a gente torce para sair na foto (risos) – brincou o empresário, de 37 anos, que viajou na última semana para o Nordeste a fim de cofirmar 17 shows da esposa naquele região para abril deste ano.
Patrimônio: três empresas e uma carreta milionária
Diferentemente da maioria dos jogadores, que tendem a ter uma queda na qualidade de vida após dar adeus ao futebol, Gilmar dos Santos comemora os resultados de suas três empresas. Ele é dono da gravadora AB Records, da produtora Genesis e do AB3D estúdio – de computação gráfica hiper-realista.
Além disso, o ex-defensor se orgulha de ser proprietário do primeiro palco móvel da América Latina. Trata-se de uma carreta de 14m de comprimento com 8,5m de altura avaliada em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 3,5 milhões). Em quatro horas, a geringonça se transforma num palco capaz de suportar um peso de 25 toneladas, entre cantores e instrumentos.
– Não posso me queixar. A minha vida está tão corrida como na época em que eu jogava futebol. Atualmente, tenho 32 funcionários e muitos planos no segmento evangélico – afirmou o co-autor do romance “Muito mais que um sonho”, sobre casamento, família e religião, em parceria com a mulher Aline Barros.
Fonte: Globo Esporte / Gospel+
Via: O Verbo