O caso do aborto numa menina de 11 anos causou comoção nacional, ao mesmo tempo que indignação em várias lideranças do meio político e religioso. A ministra Cristiane Britto, por exemplo, chefe da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, criticou a morte da criança de 29 semanas, resultante da gravidez precoce.
Cristiane publicou em seu Instagram a foto de dois bebês com 29 semanas. Um ainda no útero, enquanto o outro já nascido prematuramente. Ambos, porém, plenamente saudáveis e formados.
“Essas imagens nos fazem questionar por que escolher a morte em vez da vida. Por que não escolher salvar as duas vidas?”, questionou a ministra, defendendo a possibilidade do bebê que foi alvo da sentença de morte, ter sido salvo e encaminhado, por exemplo, para adoção.
“Com essa reflexão, eu peço a todos que assim desejarem, 1 minuto de silêncio pela preservação de todas as vidas e pela proteção e cura de todas as crianças de nosso país, especialmente das vítimas de todo tipo de violência”, destacou a ministra.
Sede por sangue
Quem também criticou o aborto na menina de 11 anos foi a psicóloga e ativista pró-vida Marisa Lobo, pré-candidata à deputada federal pelo Paraná este ano. Em um artigo publicado na última sexta-feira, a autora chamou de “sede por sangue de inocentes” os esforços que foram feitos para a realização do procedimento.
“O aborto é tão traumático e arriscado quanto uma gestação e parto precoces. Mas, a sanha pela morte de uma vida pareceu alimentar tanto as redações jornalísticas, e o ativismo abortista, que o bom senso e o respeito pela vida foram ignorados”, escreveu Marisa em sua coluna no Guiame.
“Resultado: derramaram o sangue de um bebê no altar do feminismo! Todo ato de violência deve ser repudiado, especialmente contra crianças vulneráveis, mas não podemos admitir que bebês resultantes de um estupro, ou ato sexual qualquer, sejam tratados como se fossem um mal a ser descartado, porque não são”, acrescentou a psicóloga.