A cultura atual abriga diversas ideologias contrárias aos princípios e valores cristãos, sendo uma delas o feminismo, movimento presente em diversas universidades que defende o aborto como um “direito da mulher“.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Universidade de Houston resolveu exibir em seu campus uma estátua que faz alusão à falecida juíza da Suprema Corte do país, Ruth Bader Ginsburg, conhecida por sua defesa da legalização do aborto.
A figura foi criada pela artista de origem paquistanesa Shahzia Sikander, e lançada ao público em janeiro do ano passado, mas agora será exibida nas dependências da Universidade de Houston, o que provocou a indignação do grupo pró-vida Texas Right to Life.
Em uma petição pública, o grupo repudia a presença da estátua na Universidade, dizendo para que a instituição mantenha “o ídolo do aborto satânico fora do Texas”.
Batizada de “Havah”, que segundo Sikander pode significar “atmosfera” ou “Eva” em árabe e hebraico, a escultura possui cabelos em formato de chifre, lembrando o símbolo de Baphomet, figura associada ao satanismo e ao ocultismo.
“Eva também foi a primeira infratora da lei, certo?”, questionou a artista, segundo a CBN News, ao defender a presença da sua escultura no Cullen Family Plaza, que pertence à Universidade, de 28 de Fevereiro até o final de Outubro.
Rejeição
Em sua petição, porém, o grupo Texas Right to Life argumenta que “o ídolo do aborto” não atende aos interesses da comunidade, sendo uma representação de cunho ideológico que fere o bom conceito de arte e tolerância.
“A desobediência a Deus certamente não deve ser estimada pela sociedade, muito menos elogiada por uma estátua”, diz o grupo. “Pelo contrário, a arte deve refletir verdade, bondade e beleza: três valores atemporais que revelam a natureza de Deus.”
“A arte não pode ter beleza sem verdade. A arte não pode ter a verdade sem bondade. Uma estátua que homenageia o sacrifício de crianças não tem lugar no Texas”, defende a organização pró-vida.
Em comunicado, a Universidade de Houston negou que a escultura de Sikander tivesse ligação com algo demoníaco, e que a sua presença no campus servirá para estimular o pensamento “crítico” dos estudantes.
“A escultura tem tranças em forma de chifres de carneiro, representando a unificação de fios diferentes. Os chifres de carneiro têm significado no Judaísmo, Cristianismo e Islã, bem como nas crenças da Ásia Central e do Sul, muitas vezes associadas ao poder e à coragem. A artista disse que as tranças se ligam a uma de suas pinturas que representa a coragem, fluidez e resiliência do feminino”, argumenta a instituição.