A expansão muçulmana que o mundo assiste é um movimento coordenado e que ataca em várias frentes. Agora, os líderes da religião islâmica querem censurar as comemorações de fé de jogadores cristãos ao marcarem gols ou conquistarem títulos.
A iniciativa partiu do clérigo Islâmico Muhammad Alarefe, um líder religioso influente na Arábia Saudita. Ele usou o Twitter, onde tem mais de 17 milhões de seguidores, para pedir que a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) proíba os jogadores de fazer o sinal da cruz ao marcar gols ou entrar em campo.
Alarefe é professor de religião na King Saud University, na capital Riad, e protestou contra a ausência de proibição das comemorações religiosas: “Eu vi vídeo de atletas, jogadores de futebol correndo, chutando e quando marcam fazem o símbolo da cruz no peito! Minha pergunta é: por que as regras da FIFA não proíbem isso?”.
A mensagem se tornou viral na rede social de forma imediata, com milhares de compartilhamentos: “Respeitado sheik, infelizmente as regras deles só são aplicadas aos muçulmanos, e ninguém protesta sobre isso, pelo contrário, ficam mudos como um túmulo”, escreveu um de seus seguidores, de acordo com informações do Daily Mail.
No entanto, apesar das inúmeras manifestações de apoio, houve quem ponderasse,
discordando da postura de Alarefe: “Não posso mentir. Mohamed Salah e outros se ajoelham para rezar quando marcam um gol e ninguém os castiga. Deixe o esporte para aqueles que lidam com ele”, afirmou o sultão Alhusni, referindo-se ao jogador egípcio que atua no Roma, da Itália.
Esse impasse se estende, pelo menos, desde 2002, quando os jogadores da Seleção Brasileira venceram a Alemanha na final da Copa do Mundo e exibiram camisas com mensagens exaltando a Jesus Cristo.
Desde então, a FIFA atua para coibir essas manifestações, chegando a censurar a faixa “100% Jesus” usada por Neymar em suas comemorações de títulos.