Um novo projeto de lei que tramita no estado de Kentucky, nos Estados Unidos, visa determinar que as mulheres escutem o batimento cardíaco dos bebês antes de decidir abortar, além de tomar conhecimento sobre a formação do seu corpo através de fotografias de ultrassom.
A proposta já recebeu parecer favorável da Suprema Corte dos Estados Unidos, o que foi comemorado pelos defensores da vida desde à concepção. O projeto foi aprovado inicialmente no Tribunal de Apelações do Sexto Circuito dos EUA, mas apesar das apelações contrárias, a proposta conhecida como H.B. 2 foi mantida.
Segundo o texto, as mulheres que pensam em fazer o aborto devem conhecer antes “as dimensões do embrião ou feto e a presença de membros externos e órgãos internos, se presentes e visíveis. Além disso, exige que o médico permita que a mulher ouça um batimento cardíaco caso seja audível”.
A intenção da proposta é conscientizar as mulheres sobre a existência do ser humano no ventre materno, afastando a imagem indiferente do chamado “feto”. Por causa disso, a União Americana das Liberdades Civis contestou a lei em nome de uma clínica em Kentucky que defende a escolha de abortar.
A organização alega que o projeto de lei é nada mais do que uma “tentativa velada de personificar o feto e dissuadir uma mulher de fazer um aborto”, uma verdade que os defensores da morte de bebês no ventre materno enxergam como um problema, e não como uma chance de conscientização.
Os defensores da vida em sua fase mais frágil, que é na gestação, reconhecem que o projeto de lei tem esse poder de convencimento. Entretanto, escutar o batimento cardíaco do bebê antes de abortar é uma opção para a mulher, e não uma obrigação, segundo o Christian Headlines.
O projeto ressalta que “nem o médico, nem o técnico qualificado, nem a mulher grávida estão sujeitos a qualquer penalidade se a mulher se recusar a olhar para as imagens de ultrassom exibidas ou a ouvir os batimentos cardíacos se os batimentos cardíacos forem audíveis”.