A defesa do impeachment do presidente Donald Trump pela revista Christianity Today resultou em um movimento de lideranças evangélicas para enfatizar que a iniciativa não representava a maioria.
Durante um encontro realizado numa igreja de Miami, na Flórida, Trump afirmou que seus opositores querem impor uma “agenda antirreligiosa”, mas o país não prosperará sem fé.
O evento foi realizado no templo da Igreja El Rey Jesús, com presença de diversos líderes evangélicos e até artistas da música gospel, como o vocalista Michael Tait, da banda Newsboys, e a pastora Paula White-Cain.
“Acima de tudo na América, não adoramos o governo, adoramos a Deus”, disse Trump durante seu discurso, acrescentando que “enquanto falamos, todo candidato democrata está tentando punir os crentes religiosos e silenciar nossas igrejas e pastores”.
“Nossos oponentes querem expulsar Deus da praça pública para que possam impor sua extrema agenda antirreligiosa e socialista na América”, enfatizou o presidente, segundo o portal Religion News Service.
Os pré-candidatos a presidente pelo Partido Democrata assumiram publicamente o compromisso de impor limitações à religião no país. Um deles, Beto O’Rourke, ex-deputado federal pelo Texas, declarou que igrejas, instituições de caridade e outras instituições religiosas que se oponham ao casamento entre pessoas do mesmo sexo devem perder a isenção de impostos.
Outro, Pete Buttigieg – o primeiro pré-candidato homossexual assumido – declarou que apoiará projetos de lei para permitir o aborto até o nascimento.
Nesse contexto, com a defesa do socialismo como uma bandeira unânime do Partido Democrata, o pastor Franklin Graham afirmou no final de 2019 que “a menos que nos curvemos e aceitemos a agenda deles relacionada à agenda LGBTQ, não aceitarão nosso status de isenção de impostos”.
“A esquerda, os socialistas deixaram muito claro que se opõem à igreja”, acrescentou o filho do evangelista Billy Graham, fundador da Christianity Today e atualmente dirigida por um adepto do Partido Democrata.
Uma neta de Billy Graham, Cissie Graham Lynch, acompanhou o evento em apoio a Donald Trump na última sexta-feira, 03 de janeiro, como forma de demonstrar o apoio da família ao atual presidente, que disputará a reeleição.
“Eu realmente acredito que temos Deus do nosso lado”, afirmou Trump, para uma plateia de cinco mil pessoas.
“Juntos, não estamos apenas defendendo nossos direitos constitucionais, mas também estamos defendendo a própria religião, que está sitiada […] Uma sociedade sem religião não pode prosperar, uma nação sem fé não pode prosperar porque a justiça, bondade e paz não podem prevalecer sem a glória do Deus Todo-Poderoso […] Nossa fé é necessária agora mais do que nunca”, acrescentou.
“Com sua ajuda, suas orações e seu esforço incansável para mobilizar comunidades cristãs em toda a nossa terra, em 3 de novembro de 2020, (…) vamos ganhar outra vitória monumental por fé e família, Deus e país, bandeira e liberdade”, finalizou, de acordo com informações do portal The Christian Post.