As mudanças culturais de cada época influenciam muito do vocabulário, moda, literatura e outros aspectos da sociedade, mas há coisas que não mudam, como os relacionamentos. Diante disso, um escritor cristão montou um mapa para jovens cristãos avaliarem se seu namoro vai dar em casamento. Ou não.
Marshall Segal, escritor e editor do ministério Desiring God, fundado pelo pastor John Piper, publicou um artigo definindo três pontos indispensáveis de atenção que os jovens cristãos que estão namorando devem atentar.
“Se você deseja se casar um dia, quero que experimente a plenitude do que Deus deseja para e em um casamento. E para chegar lá, precisamos da sabedoria de Deus”, avaliou Segal.
“A maioria das pessoas hoje, até mesmo os cristãos, buscam clareza sobre o namoro seguindo seus sentimentos. Como me sinto em relação a essa pessoa? Estou pronto para que esse relacionamento avance? Eu quero me casar com essa pessoa? Essas são boas perguntas a serem feitas. Mas não são as únicas perguntas. Pessoas sábias não descartam seus sentimentos, mas também não confiam totalmente neles”, alertou.
O mapa de avaliação sugerido pelo escritor envolve um grau de honestidade pessoal: “Primeiro, considere a clareza do desejo. É bom querer casar. […] É bom procurar um cônjuge digno e, ainda melhor, encontrar um. É bom querer casar. Isso não significa que não existam muitas maneiras ruins de buscar o casamento (existem), ou que o desejo de casamento não possa ser distorcido e desequilibrado (pode ser). Mas Deus fez a maioria de nós querer o casamento”.
Um namoro não deve afastar o casal em formação de sua igreja, ensinou Segal: “A segunda dimensão de clareza de que precisamos no namoro vem da comunidade. Dos três, este é o meu maior fardo para os jovens crentes hoje. Namoro muitas vezes nos isola de outros cristãos em nossas vidas. Quanto mais nos aproximamos de um namorado ou namorada, mais afastados podemos ficar de outros relacionamentos importantes. Satanás adora isso e o encoraja a cada passo”.
É inegociável que os jovens cristãos resistam ao “impulso de namorar sozinhos em um canto” e a melhor estratégias segundo o escritor, é direcionar os “relacionamentos de namoro para outros relacionamentos importantes”, como por exemplo, casais mais maduros que possam oferecer aconselhamento.
A família é outro ponto que não pode ser excluído do namoro: “Conte com o amor que criou e educou você. ‘Honra teu pai e tua mãe’ (Êx 20.12). É tão simples, mas muitas vezes pode ser desafiador, e ainda mais no namoro”, ponderou.
“Em nossos dias, é cada vez mais inesperado envolver seus pais. Parece antiquado e desnecessário. Os pais são normalmente uma formalidade, uma vez que já tomamos nossas próprias decisões – a menos, é claro, que queiramos ouvir a Deus e buscar o casamento com mais sabedoria”, acrescentou Segal.
“Nossos corações e nossa comunidade não são suficientes para nos dar a clareza de que precisamos. Nosso coração falará (através de nossos desejos), nossos amigos falarão (através da boa comunidade) e então Deus falará (através da oportunidade). Realmente, Deus fala de todas as três maneiras, mas às vezes ele fala mais claramente desta última maneira. Em outras palavras, ele fala por meio de sua providência. O relacionamento dá certo, ou não dá. As circunstâncias se alinham, ou não. Sentimentos e cronogramas combinam, ou não”, explicou o escritor.
Marshall Segal arremata seu artigo no Voltemos ao Evangelho pontuando que a tarefa do casamento é mais um passo de aprendizado na jornada de fé cristã, em que somos ensinados a abrir mão do controle e se entregar completamente ao Pai: “Ao orar e buscar o casamento, confie em Deus, em seu amor onisciente e infalível por você, para tornar clara a vontade dele para você de três maneiras – desejo, comunidade e oportunidade”.