Uma universidade orientou professores e outros funcionários a não usar a palavra “Natal” por considerá-la “cristocêntrica”, o que poderia ser “ofensivo” para alunos não-cristãos. A repercussão da orientação expôs a instituição ao ridículo.
A palavra “christmas” (Natal, em inglês) é uma referência direta ao nascimento de Jesus Cristo, e essa questão etimológica foi alvo de militância politicamente-correta durante a elaboração da “Nova Orientação de Linguagem Inclusiva” da Universidade de Brighton, no Reino Unido, um material de nove páginas que é resultado das contribuições de funcionários e alunos.
De acordo com informações do Premier Christian News, o documento foi enviado a palestrantes com a sugestão de que “Natal” seja trocado por “período de fechamento de inverno”.
‘Conselho ridículo’
O pastor Graham Nicholls, diretor da Affinity — uma rede de mais de 1.200 igrejas e organizações evangélicas no Reino Unido e na Irlanda — disse que achou a orientação “ridícula”:
“O fato é que todo mundo sabe que esse período de férias está ligado ao Natal, que é uma festa cristã. É por isso que temos folga, é por isso que há decorações. Portanto, quaisquer que sejam suas afiliações religiosas, tentar retocá-las é apenas ridículo. Se é realmente ofensivo para os não cristãos, eu não tenho tanta certeza. Não estamos pedindo a ninguém que celebre o Natal conosco”, contrapôs Nicholls.
Depois da exposição ao ridículo, a Universidade de Brighton recuou e afirmou que a orientação não é um banimento: “A palavra Natal não é proibida no campus e que a orientação sugere alternativas e não dá mandatos”.
“Esta orientação foi produzida com nossa equipe e alunos e faz parte de nosso compromisso compartilhado de tornar Brighton um lugar onde todos se sintam respeitados e valorizados. A orientação é exatamente essa. As palavras não são ‘proibidas’ em Brighton, nem o Natal, como fica claro nas decorações e árvores de Natal em nossos prédios e em nossos campi”, disse um porta-voz.