Kondzilla é um fenômeno no cenário do funk no Brasil, com sua produtora de vídeos sendo disputada pelos artistas do segmento para a criação e divulgação de seus vídeos no YouTube e demais plataformas. Agora, em parceria com a Netflix, ele produz uma série que tem como um dos personagens uma jovem que vai à igreja.
O canal do Kondzilla é hoje o maior do YouTube no Brasil – e um dos maiores do mundo, com mais de 50 milhões de inscritos – e o convite feito pela Netflix tem como referência esse sucesso entre os jovens.
A série Sintonia, que estreia na próxima sexta-feira, 09 de agosto, vai narrar a história de três jovens enfrentando diferentes desafios para superar adversidades em uma favela de São Paulo.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a série vai funcionar como uma contextualização dos cenários e estórias contadas nos clipes que Kondzilla produz. “Desde adolescente, sempre pensei que, se pudesse trabalhar com audiovisual, queria contar umas histórias que ouvi ou presenciei”, comentou o produtor.
“O desejo original era contar uma história de um ponto de vista muito único sobre um ambiente e pessoas que nunca são retratados e que não se identificam em nenhum outro lugar”, revelou Rita Moraes, que produziu a série ao lado de Felipe Braga.
A jovem que frequenta cultos de uma igreja evangélica é Rita (Bruna Mascarenhas), que após um problema com uma amiga, encontra oportunidade de reabilitação na comunidade de fé, conselhos para superar os problemas na família e oportunidade de crescer dentro da denominação.
Os outros dois personagens principais são Nando (Christian Malheiros), que segue carreira no crime organizado, e MC Doni (MC JottaPê), que fará um “playboy na favela” e “favelado entre os playboys”.
Na série, as igrejas evangélicas são representadas como um espaço acolhedor, mas com um viés capitalista, pela influência da teologia da prosperidade nas doutrinas de muitas denominações e a percepção de um produtor incrédulo sobre essa comunidade.
“Existe o lado espiritual, que é legítimo, autêntico, verdadeiro e transformador. Além disso, existe um lado corporativo”, analisou Kondzilla.