O zagueiro Neto, da Chapecoense, contou seu testemunho durante um culto na Igreja Batista da Lagoinha (IBL) no último domingo, 01 de outubro, e falou que sua sobrevivência ao acidente aéreo que matou dezenas de colegas de profissão mostrou a ele o significado da misericórdia de Deus.
Neto falou que sua história de vida mudou e é grato por ter recebido tamanho livramento: “Depois de tudo o que eu passei, nunca imaginei estar aqui. Se eu estou aqui hoje, primeiro foi porque Deus quis que eu estivesse aqui. E porque a misericórdia d’Ele me alcançou no pior momento da minha vida. Mas, eu não tenho mérito nenhum de estar aqui hoje”, disse.
“Não programei nada. Nunca na minha vida imaginaria sofrer um acidente. Nunca imaginaria e não gostaria de perder todos os meus amigos que caminharam comigo dentro do futebol”, acrescentou.
Para o jogador, o trauma das perdas é enorme: “Muitos ali eu conhecia há anos e anos, como o goleiro Danilo, um grande amigo, um grande irmão; o Bruno Rangel que estava sentado do meu lado. Ali tinham pessoas muito melhores do que eu. Talvez mais santas do que eu. O nível de santidade só Deus pode medir. Mas, no meu entendimento tinham pessoas melhores do que eu ali e muitos”, afirmou, explicando como enxerga a misericórdia divina no caso.
O atleta ponderou que, mesmo com sua autocrítica sendo tão alta, “Deus tinha um propósito” para a vida dele. “A gente vê esse louvor tão maravilhoso sendo tocado. Um pastor tão generoso, tão maravilhoso, tão bem falado. A gente começa a entender que tudo o que somos e tudo o que Deus faz através de nós não é mérito nosso”, frisou.
Mais à frente, Neto aproveitou para pregar sobre o sacrifício de Jesus e a Salvação: “Aqui é um lugar santo. E se estamos aqui hoje é porque somos servos de um Deus vivo. Jesus Cristo vive. Quando ele ressuscitou, ninguém achou o corpo de Cristo. Não é conto de fada. Deus mandou o seu filho de forma palpável, de carne e osso como somos. E quando Ele morreu e depois ressuscitou, fez isso com corpo e tudo. Um dia nós veremos Ele e estaremos com Ele”.
Simplicidade
“Eu sou um rapaz simples, do Rio de Janeiro, um grande sonhador. Saí aos 17 anos de casa em busca do meu sonho que era ser atleta de futebol. Em todos os colégios que eu estudei fui da seleção da minha escola. Mas, não tive nenhum clube interessado”, relembrou.
Ele acredita que sua jornada pelo esporte foi essencial para que conhecesse sua esposa: “Casamos muito cedo, sem recurso nenhum. Mas, uma coisa eu aprendi na minha vida. Naquela época em que eu pedi Simone em casamento eu não conhecia a Deus como eu conheço hoje, porque eu não conhecia a Palavra. Mas, eu sabia de uma coisa que eu sei que Deus gosta: compromisso”, contou.
“Quando eu pedi ela em casamento eu não tinha condições, mas falei para ela: ‘Eu não vou mais embora sem você. Não tenho nada para te dar, bens materiais, mas eu tenho algo precioso para mim, é o meu nome e Deus gosta de compromisso’. Nos casamos”, concluiu.
Assista ao testemunho do jogador na Igreja Batista da Lagoinha: