Após provocar uma crise diplomática com Israel por fazer um comparativo grotesco entre a reação militar israelense contra o Hamas e o holocausto nazista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprofundou ainda mais, também, a sua distância de algumas das principais lideranças evangélicas no Brasil, como previu o deputado federal e pastor Cezinha de Madureira.
Uma prova disso é a publicação de uma nota de repúdio pelo Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb), que inclui nomes como os pastores Jorge Linhares, Silas Malafaia e Cláudio Duarte.
No documento, os pastores externam indignação com a declaração de Lula feita em Adis Abeba, na Etiópia, no último domingo, quando disse que “o que está acontecendo com o povo palestino na Faixa de Gaza não existiu em nenhum outro momento da história. Na verdade, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”.
“Nunca na história das nações democráticas vimos um presidente ou primeiro-ministro declarar tal absurdo, ao comparar o massacre cruel de mais de 6 milhões de judeus inocentes com qualquer guerra no mundo”, afirma a nota do Conselho.
Além dos nomes citados acima, a nota também foi assinada por Luiz Hermínio, do Mevam; Abe Huber, da Paz Church; Silmar Coelho, da Igreja Metodista Wesleyana e outros. Segundo a organização, o Conselho reúne ao menos 10.000 líderes de várias denominações evangélicas do Brasil.
Envergonha o Brasil
Diferentemente do que Lula sugeriu em seu comparativo escandaloso, o Cimeb lembrou que os ataques de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, são uma resposta militar à invasão dos terroristas ocorrida em outubro do ano passado, quando pelo menos 1.400 pessoas foram brutalmente assassinadas, sendo a absoluta maioria de civis incluindo crianças, mulheres e idosos.
As Forças de Defesa de Israel, por sinal, têm argumentado que os alvos dos ataques não são civis, mas os terroristas do Hamas, que se infiltram entre os civis com o objetivo de usá-los como escudos humanos, a fim de culpar os israelenses pelos efeitos colaterais da guerra.
Assim, o Cimeb conclui dizendo que lamenta “profundamente que a palavra do Presidente Lula envergonhe o Brasil diante das nações do mundo. A declaração de Lula não representa a opinião da maioria do povo brasileiro.” Veja:
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