A declaração feita no domingo 18 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito do Estado de Israel, comparando a resposta do Estado judeu ao grupo terrorista Hamas, ao holocausto praticado por Adolf Hitler, fez com que até mesmo o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, se manifestasse publicamente.
Tido como discreto e reservado quanto aos posicionamentos públicos sobre temas que fogem da competência do Supremo, dessa vez Mendonça resolveu quebrar o silêncio para se posicionar, fazendo questão de deixar tudo muito claro.
Inicialmente, instantes após a fala de Lula, o ministro publicou uma mensagem com a passagem de Isaías 5.20, sugerindo o texto público para reflexão “em tempos tão difíceis”.
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo!”, diz o versículo publicado pelo magistrado.
Posteriormente, durante uma pregação na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, André Mendonça, que além de jurista e ministro do STF também é pastor evangélico, foi mais incisivo em seu comentário:
“O Brasil tomou sua posição. Em resposta, eu tomei a minha posição: eu defendo a devolução de todos os sequestrados [pelo Hamas]. Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, afirmou.
Entenda
Mais cedo, também no domingo, durante um discurso em Adis Abeba, na Etiópia, Lula chamou atenção do mundo e provocou uma crise diplomática com Israel, ao comparar a resposta militar do Estado judaico contra o Hamas, na Faixa de Gaza, ao holocausto praticado pelos nazistas.
“O que está acontecendo com o povo palestino na Faixa de Gaza não existiu em nenhum outro momento da história. Na verdade, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista.
A fala de Lula desencadeou uma série de reações por parte do governo israelense, gerando também uma onda de críticas entre autoridades políticas e de grupos judaicos. Saiba mais clicando aqui.
➡️André Mendonça diz que “erro maior” do Brasil é “apoiar terroristas”
— Metrópoles (@Metropoles) February 18, 2024
“Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, disse ministro do STF em culto.
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