A doutrina cristã que fala sobre a necessidade de se evitar o sexo antes do casamento, assim como a convenção de que para viver junto sob um teto é necessário estar casado, contém sabedorias que agora estão sendo comprovadas na prática através de estudos científicos.
Um estudo divulgado recentemente comprovou que ter menos parceiros sexuais antes do casamento aumenta a chance de alcançar a felicidade. Nicholas Wolfinger, um sociólogo da Universidade de Utah, descobriu que pessoas que só dormiram com seus cônjuges provavelmente relatam estar em um casamento “muito feliz”, enquanto isso, as menores taxas de felicidade conjugal foram registradas entre as mulheres que tiveram entre seis e dez parceiros sexuais.
O relatório da pesquisa foi divulgado pelo Institute for Family Studies. “Ao contrário da sabedoria convencional, quando se trata de sexo, menos experiência é melhor, pelo menos para o casamento”, disse W. Bradford Wilcox, um sociólogo e membro sênior da entidade.
Em uma análise anterior, Wolfinger descobriu que as mulheres com zero ou um parceiro sexual anterior antes do casamento também eram menos propensas a se divorciar, enquanto aquelas com 10 ou mais tinham maior vulnerabilidade ao divórcio.
De acordo com informações do portal The Atlantic, essas noivas à prova de divórcio são um grupo cada vez mais raro: na década de 2010 apenas 5% das novas noivas eram virgens, e dentre essas mulheres, apenas 6% de seus casamentos foram dissolvidos nos cinco primeiros anos, em comparação com 20% para a maioria das pessoas.
Formalidade
A união formal de um casal pode parecer piegas em tempos de culto à liberdade sexual, porém outra pesquisa, realizada por Michael Rosenfeld e Katharina Roesler e divulgada no Journal of Marriage and Family, mostrou que a chance de separação aumenta quando não há um compromisso de casamento.
Os casais que passam a morar juntos antes do casamento têm maior chance de separação, e esse fator foi descrito pelos pesquisadores como “efeito de coabitação pré-marital”.
Anteriormente, outros estudos já apontaram que a experiência de morar junto a curto prazo pode ser benéfica, evitando a separação antes do primeiro ano de união. Porém, a longo prazo, as chances das brigas levarem a uma decisão de rompimento são maiores, garantem os pesquisadores, que analisaram dados de várias décadas das Pesquisas Nacionais de Crescimento Familiar nos Estados Unidos, de acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN).