Os jogos olímpicos no Rio de Janeiro contarão com um centro inter-religioso onde os atletas e treinadores poderão separar momentos para meditar, fazer preces e celebrações. E na última quarta-feira, 22 de junho, líderes religiosos se reuniram com o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, para fechar detalhes.
O centro inter-religioso será instalado na Vila Olímpica, onde mais de 10 mil atletas de diversas nacionalidades se hospedarão. No espaço, uma sala para cada uma das principais religiões foi reservada: cristianismo, judaísmo, budismo, hinduísmo e islamismo, esta última com uma sala extra para mulheres, de acordo com o padre Leandro Lenin, coordenador do centro inter-religioso do Rio 2016.
Segundo o portal do Comitê, haverá um espaço misto de aconselhamento, e o segundo piso será um ambiente de convivência. O padre Lenin entregou uma “cartilha do capelão” aos presentes para explicar aspectos básicos do centro.
“O atleta precisa ter com quem se alegrar na hora da vitória, mas também precisa do ombro amigo na hora que perceber que alguma coisa não foi bem. E igualmente precisam de um espaço para a prática de sua fé. O centro não é apenas um ponto de apoio. É também um ponto de encontro, de assistência e auxílio”, comentou Lenin.
“É muito bom ver o Rio de Janeiro como um povo acolhedor, onde as religiões se entendem”, disse o cardeal Dom Orani Tempesta, também presente no encontro, que contou com a presença do rabino Elia Haber, o monge budista Jyun Sho Yoshikawa, o teólogo muçulmano Jihad Hammadeh e Raga Bhumi Devi Dasi, representante do Hare Krishna no Brasil.
“Esperamos conseguir prover este balanço entre o físico e o espiritual. É muito importante para o atleta trabalhar isso”, comentou Haber, que será capelão dos atletas judeus na Vila Olímpica, aberta a partir de 24 de julho para atletas e representantes dos comitês Olímpicos.