Por 27 (a favor da abolição) e 13 (contra a abolição), a ONU aprovou recentemente uma importante resolução que pode ajudar no combate a perseguição religiosa em várias partes do mundo onde há o “crime de blasfêmia”, especialmente nos países de maioria islâmica, onde grupos extremistas como o Estado Islâmico e o Boko Haram atuam com mais força.
O objetivo da resolução é “assegurar que a pena de morte não seja imposta como uma sanção por formas específicas de conduta, como apostasia, blasfêmia, adultério e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo com mútuo consentimento”, diz um trecho do documento, segundo informações da Missão Portas Abertas.
Na prática, muçulmanos convertidos ao cristianismo não poderão mais sofrer punições por “apostasia”, assim como os cristãos que pregam a fé em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, nesses países, não serão punidos por “blasfêmia”.
Até os homossexuais foram beneficiados, uma vez que, quem pratica o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo, segundo a doutrina islâmica, pode ser condenado a morte.
Nem todos os países participantes do Conselho de Direitos Humanos da ONU, responsável pela aprovação da proposta, concordaram com o projeto. A Indonésia, por exemplo, se absteve da votação. No país, a pena de morte é possível por vários motivos, mas a blasfêmia é caso de prisão.
O ex-governador de Jacarta, Basuki Tjahaja Purnama, por exemplo, que é cristão, foi condenado no ano passado a dois anos de prisão por suposta “blasfêmia”.
Outro país que não aderiu à resolução foi o Paquistão. Recentemente, um empresário cristão foi absolvido na Justiça, após ter sido condenado à morte por falsas acusações. Ele conseguiu provar que até os policiais envolvidos na denúncia tentaram extorqui-lo.
Outro caso lamentável é da cristã Asia Bibi, que foi condenada por “blasfêmia” em 2010 e está até hoje no corredor da morte.
Com essa resolução da ONU, organizações como a Portas Abertas e entidades como a Junta de Missões Mundiais esperam que a liberdade religiosa seja reforçada nos países muçulmanos, favorecendo não apenas o direito dos cidadãos em decidirem sua fé, como a Verdade bíblica acerca de Jesus Cristo ser proclamada cada vez mais nessas regiões.