Com o crescimento do número de evangélicos no Brasil e a tendência de ser o maior país “protestante” do mundo nas próximas décadas, o mercado está cada vez mais de olho neste segmento que vem se atualizando, criando o próprio estilo e inovações em diversos setores da sociedade. Um deles, lançado em 2015, foi a operadora evangélica de celular da Assembléia de Deus, a “MAIS AD”. Depois dela, outras surgiram, tornando essa uma das grandes apostas do mercado para 2017.
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A iniciativa de criar a própria operadora de celular visa não apenas atingir um segmento do mercado, mas também dar identidade ao público que pretende alcançar. Ao criar um serviço diferenciado, que leva a marca da comunidade que o usuário pertence, cria-se, também, uma identificação maior com o produto, refletindo isso em fidelidade e maior investimento.
Uma característica desse tipo de serviço é a personalização. Isto é; a criação de recursos e ações voltados para os interesses do público alvo. A “MAIS AD”, por exemplo, operadora da Assembléia de Deus e primeira no segmento, exemplifica isso em sua página inicial:
“A MAIS AD é a única operadora que reverte seus lucros para obras sociais e missionárias da igreja. Quando você compra o chip e recarrega seu celular, está contribuindo para que esses projetos e missões possam continuar crescendo e atingindo cada vez mais pessoas.”
A operadora Mais ADSA é outro exemplo de operadora evangélica que surgiu em setembro de 2016, também da Assembléia de Deus, porém, do Ministério de Santo Amaro, em São Paulo. Contando com 80 mil seguidores, a empresa já emitiu 6 mil chips. Em sua página inicial vemos o mesmo diferencial de serviço: “Só com a MAIS ADSA você fala e ainda apoia os projetos da sua igreja”.
A tendência para 2017 é que mais operadoras virtuais de celular (MVNO) apareçam, aumentando a concorrência com as gigantes do mercado, podendo fazer baixar os custos dos serviços. A dúvida que fica é se a concorrência irá conseguir acompanhar a ênfase das operadoras evangélicas na conversão dos lucros em benefícios não só para a igreja, mas para a comunidade, o que é um diferencial marcante não apenas para cristãos, mas para a sociedade como um todo.