Uma crise hídrica que preocupa o governo de Israel foi aliviada no primeiro dia de 2018 com uma forte chuva que caiu no país e pela previsão de que as águas não cessarão tão brevemente. Na semana passada, o governo pediu aos judeus e cristãos que orassem pela chuva, e os pedidos foram ouvidos.
O ministro da Agricultura de Israel, Uri Ariel, um judeu ortodoxo, foi ao Muro das Lamentações na última quinta-feira, 28 de dezembro, na companhia de rabinos para fazer uma oração pedindo pela chuva. O país enfrenta uma escassez hídrica intensa há quatro anos.
Ao longo de 2017, os níveis de precipitação foram apenas 45% do esperado, o que sobrecarregou as usinas de dessalinização da água do mar e de tratamento de esgotos. O principal prejudicado na situação foi o produtor rural, que não pôde plantar e/ou perdeu a safra, gerando temor por uma crise de abastecimento de alimentos.
Ariel, então, optou por clamar a Deus e convocar a nação para se juntar a ele. Na ocasião, aproximadamente duas mil pessoas se reuniram no Muro das Lamentações, em Jerusalém, para orar. O rabino-chefe de Israel, David Lau, solicitou orações de judeus e cristãos em todo o mundo pelo fim da seca.
Segundo informações do portal Breaking Israel News, chuvas torrenciais atingiram o país de norte a sul da última segunda-feira, dia 01 de janeiro de 2018. A meteorologia prevê que fortes chuvas continuem a cair por todo o território israelense nos próximos dias.
Como Israel fica numa área desértica, a infraestrutura das cidades e estradas não são planejadas para chuvas intensas. Com os 30 milímetros de chuva registrados, diversas ruas e rodovias ficaram alagadas, de acordo com o portal YNet News.
O nível do Mar da Galileia (oficialmente nomeado como Lago Kinneret), principal fonte de água do país, subiu um centímetro como resultado direto das chuvas. O acesso ao monte Hermon também foi fechado aos visitantes por conta da intensa queda de neve, que acumulou nas ruas com cerca de 15 centímetros de altura.
Nas colinas de Golan e Alta Galileia, as chuvas foram ainda mais intensas, o que levou a população do país a celebrar a resposta de oração.