A cerimônia do Oscar 2017, a 89ª da história do prêmio, será realizada na noite deste domingo, 26 de fevereiro, e poderá render ao ator e diretor Mel Gibson uma nova estatueta, com o filme “Até o Último Homem”, que conta a história de um soldado cristão na Segunda Guerra Mundial.
O filme conta a história do soldado Desmond T. Doss, que recebeu a Medalha de Honra do Congresso dos Estados Unidos por seu papel em combate, salvando vidas de dezenas de companheiros de batalha.
Doss foi à luta sem armas, porque na sua visão, tirar vidas era incompatível com o que acreditava e pregava. Em combate, Doss se recusou a matar os inimigos, e durante a Batalha de Okinawa, trabalhou na ala médica e salvou mais de 75 homens.
A indicação de “Até o Último Homem” para seis categorias já é um feito considerado extraordinário, pois Mel Gibson vinha sendo boicotado em Hollywood desde o lançamento de “A Paixão de Cristo”, considerado violento e antissemita pela comunidade judaica dos Estados Unidos.
Na noite deste domingo, o filme concorrerá aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Se for premiado em alguma categoria, “Até o Último Homem” quebrará um “jejum” de 21 anos de Mel Gibson na premiação, desde que levou duas estatuetas por “Coração Valente”, de 1996.
Elogios
No filme, Mel Gibson explicita a fé cristã do soldado Doss, e durante uma exibição, em setembro último, no Festival de Veneza, na Itália, o filme foi tão bem recebido que ao final, o público o aplaudiu por dez minutos.
Para o crítico do site Cinema em Cena, Pablo Villaça, ateu, o filme “Até o Último Homem é um ótimo exemplo do que acontece quando o material certo cai nas mãos de um realizador sintonizado com seus temas”, já que o diretor Mel Gibson “é excepcional” quando se propõe a produzir um filme que fale das virtudes de sua fé.