A oposição aos valores cristãos e ao conservadorismo já não se dá mais de forma indireta por parte da grande mídia, militâncias progressistas e artistas diversos. Na cerimônia do Oscar, no último domingo, o apresentador Jimmy Kimmel usou o fato do filme Me Chame Pelo Seu Nome – que mostra uma relação homossexual entre um adolescente e um adulto – ser um dos indicados, para provocar o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que é cristão.
O filme, mais tarde na cerimônia, seria premiado como “Melhor Roteiro Adaptado”, demonstrando mais uma vez a ênfase da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em promover projetos que exaltem a visão de mundo progressista.
Antes do prêmio ser anunciado para o filme, no entanto, Kimmel satirizou a postura conservadora do vice-presidente, que por vezes falou sobre sua fé cristã em entrevistas e pronunciamentos, e organiza reuniões de oração e leitura da Bíblia na Casa Branca.
“Timothee [Chalamet, ator] é a estrela de uma pequena, mas poderosa história chamada Me Chame Pelo Seu Nome, que não ganhou muito dinheiro. Na verdade, dos nove indicados em ‘Melhor Fotografia’, apenas dois deles ganharam mais de US$ 100 milhões. Mas esse não é o ponto. Nós não fazemos filmes assim por dinheiro, nós os fazemos para chatear Mike Pence”, zombou o apresentador, arrancando gargalhadas do público.
No filme, Timothee vive um adolescente de 17 anos que se envolve em um relacionamento homossexual com um professor universitário amigo de seu pai. O sucesso de crítica do filme – com indicação a três categorias no Oscar – encorajou o diretor e os produtores a levarem adiante a ideia de uma continuação, segundo informações do USA Today, mesmo que o longa tenha tido uma baixa aceitação do público, como destacado pelo próprio Jimmy Kimmel.
O contexto do comentário de Kimmel sobre a provocação aos cristãos é mais profundo, pois o filme glamoriza a relação entre um adulto e um menor de idade justamente em um momento em que os mais ousados militantes da liberdade sexual começam a pôr em prática um discurso de aceitação da pedofilia.