Recentemente o Vaticano divulgou a informação de que o Papa Bento XVI fará uma visita a Cuba e México, entre os dias 23 e 29 de Março. Com base nessa informação, historiadores e teólogos passaram a especular se a visita serviria para a volta de Fidel Castro, ex-ditador de Cuba, à Igreja Católica.
O encontro entre o Papa e o líder da revolução cubana foi confirmado pela Igreja Católica, que também revelou que Bento XVI pretende conceder uma bênção a Fidel Castro. Com 85 anos e a saúde debilitada, o comunista Fidel estaria “mais próximo à religião e a Deus”, segundo sua filha, Alina Fernandez, que é uma fiel católica praticante.
Na história recente de Cuba, após a revolução, instaurou-se uma perseguição aos religiosos, o que colocou o governo do país e as igrejas em lados opostos. Em 3 de Janeiro de 1962, o Papa João XXIII excomungou Fidel Castro por seus atos contra os cristãos cubanos. Essa foi a última excomunhão declarada solenemente pelo Vaticano. A perseguição ao cristianismo era tão grande que Castro revogou o feriado de Natal do ano de 1969.
Uma reforma do Partido Comunista realizada em 1991 abriu espaço para que as igrejas pudessem atuar junto à sociedade, permitindo que religiosos pudessem assumir cargos no governo e tivessem acesso à educação formal. Em 2010, dezenas de prisioneiros políticos foram libertados pelo atual presidente do país, Raul Castro, irmão de Fidel. Analistas políticos atribuíram a nova postura a um acordo firmado entre Raul e o arcebispo da capital cubana, Jaime Ortega, segundo informações do “The Christian Post”.
Oficialmente, o Vaticano relaciona a visita do Papa Bento XVI a Cuba à necessidade de fortalecer a igreja no país. A possível “readmissão” de Fidel à condição de católico, por enquanto, se baseia em especulações.
Fonte: Gospel+