O pastor presbiteriano Jonas Rezende, é hoje o religioso mais requisitado para a celebração de casamentos no Rio de Janeiro. Tido como o preferido pelas celebridades e trabalha da agência “Celebrantes”, especializada em promover celebrações, principalmente casamentos, para pessoas de várias religiões.
A agência foi criada pelo pastor Renato Gonçalves, e tem Jonas Rezende como seu profissional mais requisitado na capital Fluminense. Em uma entrevista ao iG, o pastor falou de sua trajetória como “especialista” em celebrar casamentos.
– Fiquei muito casamenteiro, mas também fiz muitos batismos, 15 anos. O casamento ficou mais forte. Sou quase um Santo Antônio – brinca o religioso.
O pastor comentou também a criação da agência, que transformou o ato de celebrar casamentos, batizados e outras datas em um negócio.
– Gostei muito de conhecer o Renato, achei que tinha bons interesses, vontade de fazer uma coisa nova. Isso (a agência) não significa um bombardeio à fé por ser comercial – ressaltou.
Para Gonçalves, dono da agência, o pastor Jonas é tido como exemplo para ele e para outros religiosos que costumam celebrar esse tipo de cerimônias.
– Todo grande celebrante do Rio de Janeiro tem o Jonas como referência porque ele é a história viva das celebrações na capital carioca e faz isso como ninguém – afirma o empresário.
Durante a entrevista, Rezende falou dos motivos de ser o preferido das noivas cariocas. Ele explicou que evita utilizar discursos repetidos nas cerimônias que realiza, falando o que lhe ocorre, mas sempre respeitando as linhas da Igreja Presbiteriana. Ele atribui o sucesso também ao fato de que a Igreja Católica não permite cerimônias fora dos templos, explicando que muitos noivos preferem realizar a cerimônia e a festa no mesmo lugar.
– Sempre tive uma facilidade de não repetir aqueles manuais, coisas escritas, porque eu não leio durante o casamento. Só se for uma coisa muito importante que me peçam para fazer – afirma.
Pioneiro nas celebrações ecumênicas e, por isso, querido especialmente dentro da comunidade judaica, o pastor fala de sua relação com as celebrações em diálogo com outras tradições religiosas. Ele conta que não chegou a fazer celebrações com cultos afro e, hoje, gostaria de ter dado mais atenção ao espiritismo.
– Com os judeus eu fazia o possível para ser elástico. Punha uma túnica sem identificação de fé, de nada, não falava nomes cristãos para não embaraçar e, como a Bíblia tem o velho testamento, que é comum aos judeus, usava esses textos.
– Não cheguei a fazer não por preconceito. Mas não era a minha praia. Hoje em dia o espiritismo é muito respeitado, tem uma palavra que deve ser ouvida – explica.
Por adotar uma postura flexível, e por sua proximidade com celebridades cariocas, o pastor conta que já recebeu pedidos inusitados, como um casal que queria que ele celebrasse o casamento num carro alegórico, durante o desfile de uma escola de samba do grupo especial no carnaval do Rio.
Fonte: Gospel+