Na cidade de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, um pastor evangélico e sua esposa estão sendo acusados do crime de abuso sexual contra crianças e adolescentes com idades entre 12 e 17 anos.
O pastor é líder da Assembleia de Deus Ministério e Missões, igreja fundada por ele na cidade há cerca de dois anos, depois de ter um desentendimento com a igreja Assembleia de Deus. Segundo informações da polícia, todas as crianças abusadas por ele e sua esposa seriam filhos de membros da congregação.
De acordo com o delegado da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) no Recife, Geraldo Costa, responsável pelo caso, o pastor usava seu status como religioso para encobrir os crimes.
– As crianças eram ameaçadas por ele, que dizia que ninguém ia acreditar nelas porque ele era pastor – diz o delegado, que afirmou ainda que suspeito confessa um dos crimes, um ato sexual com uma adolescente de 13 anos, que o pastor afirma ter sido consensual.
– O fato de ter sido com o consentimento dela, ou não, não exclui o fato de que é um crime por ser com uma menor de idade”, explica Geraldo Costa.
As denúncias foram realizadas pelos pais das crianças no mês de novembro GPCA. Segundo Costa, o pastor cometia crimes de estupro de janeiro de 2012 a junho, mas um dos jovens, hoje com 16 anos, afirma ter sofrido abuso quando tinha 10.
O delegado detalha ainda que, de acordo com o depoimento do pastor, tudo começou porque a esposa o teria traído, e para se vingar, ele teria mantido relação sexual com o jovem que teria ficado com a sua esposa. O delegado conta que a palavra dele é que ele queria desmoralizar o rapaz.
O delegado da GPCA explica ainda, segundo o G1, que a mulher do pastor era cúmplice do crime porque segurava e amarrava as crianças enquanto o marido praticava o ato sexual e também praticava ela mesma abuso sexual com as crianças do sexo masculino. O pastor e a esposa já prestaram depoimento e serão indiciados por estupro com violência e estupro de vulnerável, podendo pegar mais de 30 anos de prisão cada um. Os suspeitos aguardam decisão da Justiça em liberdade.
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Por Dan Martins, para o Gospel+