No passado, mais precisamente no período conhecido como Idade das Trevas, ou Idade Média, indulgências eram vendidas em nome de Deus. Pessoas em sua absoluta maioria leigas e que nunca tiveram contado com a Bíblia, compravam supostas relíquias que os líderes religiosos da época diziam ter origens diversas, alegando que se tais pessoas comprassem estariam adquirindo concessões no céu.
Já se passaram séculos, mas as heresias pagãs que ensinam ser necessário fazer certos “sacrifícios” para adquirir bençãos de Deus ainda continuam existindo em nosso meio, algumas mais explícitas do que outras, mas todas revelando o distanciamento do genuíno evangelho de Jesus.
Um desses exemplos é o caso de Tito Wats, um pastor da República do Zimbabwe, país localizado na região Sul da África. Ele foi preso no último dia 28 de junho pelas autoridades policiais, após ser denunciado por vender bilhetes para céu.
Como se não bastasse o ato absurdo por si só, Wats cobrava 500 dólares para cada bilhete, um valor desproporcional em um país onde o salário médio por dia custa apenas 2 dólares. Ou seja, na prática, só iria para o céu os ricos, segundo a doutrina criada pelo suposto pastor.
Vários fiéis acreditaram no líder religioso e alguns venderam tudo o que tinham para comprar o bilhete para o céu. Questionado após a prisão, Tito Wats disse que estava sofrendo perseguição por “fazer a obra de Deus”.
Ainda segundo, Tito Wats, ele teria tido um encontro pessoal com o próprio Jesus Cristo, O qual lhe entregou bilhetes feitos com ouro maciço, capazes de garantir a salvação de qualquer pessoa, segundo informações do site Paris Match.
Casos como o de Tito Wats não são os únicos no Zimbábue e às autoridades continuam investigando outros relatos, na tentativa de impedir que novos crimes financeiros sejam praticados por charlatões em nome da fé.