Desde que teve início em 24 de fevereiro passado, a guerra da Rússia contra a Ucrânia tem despertado os mais diversos tipos de reações, não apenas no mundo político, mas também no religioso. Para um pastor ucraniano, por exemplo, o conflito é fruto do “espírito do comunismo”.
Este é o entendimento do pastor Jaroslaw Lukasik, que esteve pregando no Fórum Europeu de Liderança na Polônia, onde se reuniram líderes de países como Bielorrússia, Ucrânia, Rússia e Moldávia.
Para Lukasik, a Rússia ainda não se libertou da ideologia comunista, responsável pelo surgimento da antiga União Soviética. Na prática, é como se o atual presidente Vladimir Putin estivesse querendo ressuscitar o velho regime, expandindo-o para outros países
“Na minha perspectiva, trata-se do espírito do comunismo, que nunca deixou a Rússia após a queda da União Soviética. Condenamos o nazismo, mas não condenamos o comunismo. Então, quando Putin viu a fraqueza do Ocidente, esse espírito voltou, talvez com sete espíritos ainda piores”, disse o pastor.
“As primeiras vítimas são a Ucrânia e a Bielorrússia, que muitos russos pensam que não existem como nações separadas. Mas a Ucrânia existe, e toda a resistência que os ucranianos estão apresentando é uma prova da existência da nação ucraniana”, completou.
A posição da Igreja
Apesar do ‘espírito’ do comunismo estar agindo para trazer o caos no Leste europeu, a Igreja de Cristo tem feito a sua parte no sentido de anunciar a salvação e acolher os necessitados durante a guerra.
“Os discípulos de Cristo devem estar onde há dor e sofrimento , e não conheço nenhuma igreja na Ucrânia que não esteja ativa”, disse o pastor Lukasik, destacando o importante trabalho humanitário que os cristãos vêm fazendo na Ucrânia.
“Muitos cristãos ajudam a evacuar pessoas de lugares perigosos. As igrejas acolheram centenas de milhares de refugiados”, disse ele. Como resultado, independentemente do início da guerra ter sido provocado pelo espírito do comunismo, ou não, o fato é que muitos estão vindo a Deus pela travessia desse momento.
“As pessoas realmente querem orar agora. A guerra é uma situação em que você enfrenta o mal e depois precisa de amor”, conclui o pastor, segundo informações do Evangelical Focus.