Teresa MacBain virou notícia no mundo todo em 2012 ao afirmar que, sendo pastora metodista, havia se tornado ateia. Em 2013, foi exaltada por uma entidade com o prêmio de “Ateu do Ano”. Em 2016, anunciou que reencontrou sua fé em Deus, e que pôde enxergá-lo através da graça.
À época, ela era líder de uma Igreja Metodista em Tallahassee, Flórida, com 200 membros. Teresa é filha de pastor e havia chegado à condição de dirigir uma congregação em 2009, quando se tornou pastora sênior.
Em seu último sermão, dias antes do anúncio de sua apostasia, Teresa falou sobre passado, angústias e sua necessidade pessoal de buscar novos rumos. Ciente das consequências, a então ex-pastora passou a lidar com a rejeição das pessoas que a cercavam, recebendo avisos de parentes e que disseram não gostariam de tê-la mais em suas casas, e antigos colegas de ministério, como pastores com quem mantinha contato, romperam com ela.
Durante um evento organizado pela American Atheists, a mesma que a considerou a cética do ano, ela disparou sua revolta: “Eu dizia que estava no caminho certo e que vocês iriam queimar no inferno. Estou feliz em dizer, diante de todos aqui, que eu vou queimar com vocês!”. A plateia, em delírio, a ovacionou.
Ao longo desses quatro anos, viveu a vida como um ateu a viveria, mas foi alcançada pela graça, conheceu Deus de verdade e voltou a crer em Seu amor. Em seu site pessoal, disse que “redescobriu a graça de Deus através da música e da compaixão demonstrada pela família e amigos”, e que sua “jornada única a levou até sua missão de vida: ajudar pessoas que estão questionando sua fé”.
Em um vídeo intitulado “Grace Redefined”, ela contou sua história de vida, sua participação no Clergy Project (uma iniciativa da Fundação Richard Dawkins que oferece suporte emocional a líderes religiosos que apostatam) como tesoureira, e outros detalhes.
Os ateus, que a acolheram em sua apostasia, foram intolerantes quando ela voltou à sua fé. O Clergy Project a desligou de sua função na entidade e em nota, disse reconhecer a liberdade de Teresa “para mudar de ideia de novo”.
Agora, de volta à fé em Deus, Teresa se diz uma “cristã progressista” com desejo de ajudar igrejas a criarem um espaço que receba pessoas com dúvidas sobre a fé e ofereçam ajuda a elas.
À frente do ministério Crossroads (“encruzilhada”, em tradução livre), ligado à Primeira Igreja Metodista Unida de Cullman, Alabama (EUA), ela não voltou a se dedicar integralmente ao pastorado, e agora faz estudos bíblicos, toca na equipe de louvor e ganha a vida como consultora de marketing e webdesigner.