A perseguição religiosa aos cristãos na China continua ocorrendo de forma sistêmica, com o governo do Partido Comunista tentando cercear a liberdade dos seguidores de Cristo de muitas formas, inclusive com a prisão.
Segundo informações da agência Bitter Winter, especializada em vigilância religiosa na China, 135 membros da mesma igreja, a do Deus Todo Poderoso (CAG), foram presos durante uma operação policial em outubro passado.
Às prisões ocorreram entre os dias 10, 13 e 14, sendo que a maioria (98) foi levada no dia 13. A Igreja do Deus Todo Poderoso é uma denominação com milhares de membros na China, o que lhe coloca na mira do governo constantemente por causa das suas atividades.
Além das prisões, as autoridades também confiscaram bens da Igreja e até valores pessoais dos membros. Muitos que não são presos também são pressionados pelos agentes de Polícia para darem informações sobre a denominação.
Câmeras de vigilância
Outra investida do Partido Comunista Chinês (PCC) é a implementação de câmeras de vigilância, algumas com a tecnologia de reconhecimento facial, não apenas em prédios públicos, mas também residenciais, casas e até em zonas rurais.
Através do programa chamado “Sharp Eyes”, ou “Vila Segura”, o governo busca convencer os cidadãos a instalarem essas câmeras em suas casas, inclusive dentro das residências, segundo a Bitter Winter.
O pretexto utilizado pelo Partido Comunista para convencer a população – como é de se imaginar – é o da segurança e maior comunicação entre os familiares.
“O governo está fazendo ampla propaganda por meio da mídia, explicando que as câmeras permitirão que as pessoas monitorem o que está acontecendo em suas casas em telefones celulares e computadores a qualquer momento”, diz a Winter.
“Por causa dos recursos de áudio, eles também podem falar com suas famílias em casa. Algumas câmeras ainda possuem funções de imagem térmica”, completa, ressaltando que os equipamentos também poderão ser usados como argumento de controle de pandemias.
Para muitos moradores, no entanto, o projeto de “Vila Segura”, na verdade, é apenas um programa de controle disfarçado. “O governo desconsidera as pessoas, destrói suas casas, então por que eles nos dariam essas câmeras de graça?”, questionou um cidadão.