O hábito de orar e o compromisso com uma comunidade de fé é um fator que ajuda a ter um sono melhor. A descoberta da Universidade do Texas (UTSA) foi divulgada após a conclusão de um estudo amplo.
A pesquisa, divulgada na revista Sleep Health, foi realizada em âmbito nacional nos Estados Unidos, com adultos, e concluiu que a frequência na participação de cultos e da prática de oração influenciam positivamente no sono.
De acordo com o relatório da pesquisa, a fé pode “diminuir o sofrimento psicológico, o abuso de substâncias e a exposição ao estresse, que estão todos associados aos desfechos do sono”.
“Esta pesquisa é relativamente inexplorada, território que nos permite compreender melhor a maneira pela qual a religião e a espiritualidade afetam a saúde de uma pessoa e sua qualidade de vida”, afirmou Christopher Ellison, do Departamento de Sociologia da UTSA, segundo informações do portal The Christian Post.
Ellison trabalhou na pesquisa com Terrence D. Hill, professor de sociologia na Universidade do Arizona, e Reed T. Deangelis, que é ex-aluno da UTSA e doutorando na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.
A UTSA afirmou que “os dados sugerem que o envolvimento religioso de uma pessoa beneficia sua saúde mental reduzindo o estresse, promovendo engajamento social e apoio de outros membros da igreja, fornecendo recursos psicológicos (esperança, otimismo, senso de significado) e promovendo estilos de vida mais saudáveis”.
Recentemente, outra pesquisa realizada pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Ohio (EUA), com a análise de dados de mil pessoas, apontou que pessoas de fé vivem mais que indivíduos que não crêem.
Os responsáveis pelo estudo concluíram que a fé tem influência em muitos aspectos da vida, como relacionamentos, alimentação, convicções e até a longevidade. Os psicólogos identificaram que a baixa ingestão de álcool e o voluntariado em atividades sociais são características presentes na vida das pessoas que alcançam maior longevidade.
Os resultados do estudo foram publicados na conceituada revista científica Social Psychological and Personality Science. O coautor do estudo, Dr. Baldwin Way, professor de psicologia, sublinhou que os resultados podem causar irritação aos ateus, mas a constatação não pode ser ignorada: “O estudo fornece evidências persuasivas de que existe uma relação entre a participação religiosa e o tempo de vida de uma pessoa”.