A polêmica despertada no Chile com a distribuição da “pílula do dia seguinte” para adolescentes maiores de 14 anos se instalou nesta terça-feira entre os partidos que formam a coalizão do governo, quando os democrata-cristãos rejeitaram a medida aprovada pela presidente Michelle Bachelet.
A nova norma, repudiada pela Igreja Católica e pela direita (oposição), permite que as adolescentes tenham acesso ao anticoncepcional sem a autorização dos pais nos serviços públicos de saúde.
Em uma declaração pública, o Partido Democrata-cristão (PDC), aliado do Partido Socialista de Bachelet, afirmou que “não é solução por a referida pílula à disposição de todos, como um método habitual de prevenção da gravidez”.
“Destacamos que a “pílula do dia seguinte” só pode ser indicada como medida extraordinária e extrema porque caso contrário pode ajudar a promover a sexualidade precoce, não responsável e que espalhe pandemias que nosso sistema de saúde combate, como é o caso da Aids”, acrescentou o comunicado.
A “pílula do dia seguinte”, assim chamada porque pode ser usada no dia seguinte a uma relação sexual sem proteção para evitar uma gravidez indesejada, é distribuída há mais de dois anos no Chile, onde pode ser adquirida nas farmácias.
Mas a presidente Bachelet disse na segunda-feira que a ampliação de sua distribuição obedece ao propósito de que a pílula “não seja apenas para as pessoas com recursos” mas para todas as jovens que precisam evitar uma gravidez indesejada.
Fonte: Tarde Online