Democracia virou palavra de ordem em São Januário desde a posse do presidente Roberto Dinamite, no início de julho. Após tomar conhecimento de que um pastor evangélico havia realizado um culto no estacionamento da sede cruzmaltina, na última quarta-feira, o dirigente não recriminou a oração e foi além ao comentar a nova posição do Vasco após a saída do ex-mandatário Eurico Miranda.
– As pessoas estão desacostumados com algumas situações em São Januário, como o direito de ir e vir. Todos podem se expressar no clube. Em nenhum momento durante o ano alguém perguntou aos jogadores se eles são católicos ou não. Temos de respeitar a fé de cada um – diz o dirigente.
Dinamite lembrou que dentro do clube existe a igreja Nossa Senhora das Vitórias, pouco freqüentada por jogadores do elenco cruzmaltino. Para ele, a presença de um pastor deve ter sido uma situação organizada pelos jogadores.
– Falar para você ou para o Madson que a crença dele não vale nada não é justo. Cada um tem a sua fé, e democracia é isso aí. Se eles foram ali com o aval do Madson é porque são pessoas da confiança dele. Eles fizeram uma oração entre eles. Já aconteceram coisas muito piores ali e ninguém falou nada.